Após um policial militar ameaçar uma enfermeira com uma arma de fogo dentro da Unidade de Pronto Atendimento Irmã Dulce, na Praia do Francês, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) entrou com uma representação na Corregedoria da Polícia Militar para pedir apuração dos fatos.
De acordo com a OAB/AL, a Comissão Especial da Mulher está acompanhado o caso e prestando apoio a profissional de saúde, que denunciou que havia sido ameaçada durante o trabalho no último dia 23.
Segundo a denúncia, as ameaças iniciaram no momento em que a enfermeira tentou explicar ao agressor que não havia médico ortopedista na UPA e não havia a possibilidade de imprimir a radiografia na unidade de saúde. Inconformado com a situação, o policial sacou a arma e acionou uma viatura da PM para conduzir a enfermeira até o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Marechal Deodoro. Lá, ela foi ouvida sem direito à presença de um advogado.
A denúncia da profissional foi feita, inicialmente, ao Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Alagoas (Sineal) e ao Conselho Regional de Enfermagem, que também acompanham o caso.
De acordo com a advogada Sadriana Santana, integrante da Comissão Especial da Mulher da OAB, a Corregedoria da PM deu um prazo de 15 dias para finalizar a investigação interna, a contar do dia 30 de maio. Sadriana afirma, ainda, que a enfermeira se encontra muito abalada e amedrontada com toda a situação. “Enquanto Comissão Especial da Mulher, nós vamos prestar toda a assistência necessária na questão do acompanhamento, para que o caso seja elucidado o mais rápido possível e da melhor forma, de maneira que a vítima não seja, de maneira alguma, prejudicada em seu lugar de trabalho”, explicou.
Em resposta à representação da OAB, um procedimento investigatório foi aberto pela Corregedoria da PM.