Um policial militar aposentado foi executado após ser sequestrado e levado à zona rural de Alta Floresta, no extremo norte de Mato Grosso, na noite desta quarta-feira. Pedro Ramalho Lacerda, de 62 anos, estava no bar do qual era proprietário quando foi abordado por um grupo e levado para uma região de mata, onde acabou torturado, morto e teve o coração arrancado, segundo o g1.
A polícia chegou ao local do crime na mesma noite. Em um primeiro momento, houve troca de tiros com dois suspeitos — ambos morreram — do assassinato. Um terceiro suspeito conseguiu fugir e invadiu uma casa na região, mas também entrou em confronto com policiais e morreu. Os outros dois acusados de participação no crime foram encontrados ainda na quarta-feira, mais tarde, caminhando pela rodovia MT-325 e teriam entrado em confronto com a polícia, com os dois sendo mortos.
“Após serem informados do crime, os policiais militares do 9º Comando Regional iniciaram diligências, localizaram os infratores em uma região de mata e entraram em confronto com os três suspeitos do crime, que morreram na ação. Em seguida, o corpo do militar foi encontrado sem vida, com sinais de tortura”, disse a Polícia Militar do Mato Grosso, em nota.
Segundo a PM, o sargento Lacerda era natural da cidade de Patos, na Paraíba, e ingressou na corporação no ano de 1981, tendo prestado “grandes serviços dentro da instituição, em todo o Estado”. O comandante-geral da Polícia Militar do estado, coronel Alexandre Corrêa Mendes, lamentou o brutal assassinato do agente e transmitiu “condolências aos familiares do sargento, bem como aos colegas de farda e amigos, que enfrentam esta dolorosa perda”.
Os cinco acusados mortos foram identificados como Uelton das Neves, Mauricio Rosa da Silva, Paulo Ricardo Gonçalves de Souza, Ueslei da Silva e Walaci Alves Lopes.
A Polícia Civil afirmou que os suspeitos, ao abordarem a vítima, “utilizaram de grave ameaça e violência física, passaram a agredir e torturar o sargento, que foi amarrado”, “subtraíram carteiras de cigarro, bebidas, aparelho de som, dinheiro em espécie e uma caminhonete”.
Ainda segundo a Polícia, após fugirem do local levando a vítima, os suspeitos foram avistados “portando uma carabina calibre .22, com luneta”, “desobedecendo às ordens emanadas durante a abordagem policial”, o que resultou no confronto. Os outros dois foram abordados por agentes e reagiram com o uso de uma “pistola calibre 380, cromada”, mas também morreram no confronto.