Filho do indigenista Bruno Pereira passa por tratamento de câncer aos 5 anos

Pedro, de 5 anos, é filho do indigenista Bruno Pereira, assassinado em 2022 — Foto: Reprodução

O filho do indigenista Bruno Araújo Pereira — morto em junho de 2022 durante viagem com o jornalista inglês Dom Phillips pela região do Vale do Javari, na Amazônia — passa por um tratamento para neuroblastoma, tipo agressivo de câncer. Doença foi confirmada pela mãe em rede social.

Pedro, de 5 anos, foi diagnosticado no ano passado e, há cinco meses, faz quimioterapia em um hospital público. A luta dele é para que o câncer não se espalhe para outras partes do corpo.

Na postagem na internet, Beatriz de Almeida Matos, mãe de Pedro, explica que o menino precisa de uma medicamento importado que não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O remédio se chama Betadinutuximabe e é vendido por mais de R$ 80 mil.

“Pedro é filho de Bruno Pereira, um dos indigenistas mais combativos do Brasil, assassinado covardemente em junho de 2022. Um crime que comoveu o mundo e indignou o país. Bruno dedicou a vida à Amazônia. Denunciou o garimpo ilegal e a pesca predatória. Combateu o desmatamento e a grilagem de terras. Enfrentou os invasores das áreas protegidas. Lutou pelos povos indígenas. Defendeu a floresta, o nosso futuro, o futuro dos nossos filhos. Agora, a batalha do Pedro, o filho do Bruno e da antropóloga Beatriz de Almeida Matos, é pela vida. E o Brasil pode salvar o Pedro. No ano passado, ele foi diagnosticado com neuroblastoma estágio 4. Um câncer muito agressivo. Aos 5 anos, depois de 5 meses fazendo quimioterapia em hospital público, a luta do Pedro é para que o câncer não se espalhe. Isso só pode ser evitado com um medicamento caríssimo, que tem de ser importado e não é oferecido pelo SUS”, diz a postagem.

De acordo com o neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, o neuroblastoma é um câncer mais comum em crianças (veja detalhes abaixo).

“A gente fala que é um câncer infantil. Ele é originado de células imaturas das glândulas adrenais, que estão localizadas acima do rim. Ele é mais comum com crianças com menos de 5 anos e é responsável por cerca de 7 até 10% dos tumores pediátricos, cânceres pediátricos”, explica o médico.

 

 

Fonte: G1

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