Após a prisão do homem acusado de estuprar uma criança de 07 anos em Rio Largo, a Polícia Científica de Alagoas confirmou na manhã desta quinta-feira (08), que começou a realizar os exames nos vestígios biológicos do caso. Os materiais coletados no corpo da vítima e no local onde aconteceu o abuso sexual serão analisados no Laboratório de Genética Forense.
As atividades de perícia começaram no dia do crime, 21 de janeiro, quando a vítima foi encontrada por um casal e entregue para as forças de segurança pública do Estado. A criança foi encaminhada e acolhida pela Rede de Atenção a Violências (RAV) do Hospital da Mulher, e avaliada por um médico legista da equipe do IML Maceió.
“No exame pericial foram observadas lesões indicativas de violência sexual. Foi também realizada a coleta de amostras biológicas do corpo da vítima que podem reforçar a constatação do crime e auxiliar na identificação do agressor”, explicou o médico legista.
Garrafas de água e uma manta para proteção de piso que serão analisadas no Laboratório Forense.
Durante as investigações, policiais civis encontraram uma abertura no canavial, com marcas pneumáticas sugestivas de terem sido ocasionadas por uma motocicleta, como a usada pelo autor do crime. A perita criminal Camila Valença periciou esse local, que fica próximo à rodovia onde a criança foi encontrada.
“Ao adentrar nesse local, em uma porção mais interna do canavial, os policiais civis encontraram objetos como garrafas de água e uma manta para proteção de piso (saco bolha). A nossa equipe esteve nesse local, realizou os exames periciais necessários e coletamos esse material para ser examinado nos laboratórios do Instituto de Criminalística”, disse a perita.
Todas essas amostras coletadas serão analisadas individualmente pela perita criminal Barbara Fonseca, do Laboratório de Genética Forense. Ela também realizará exames de confronto genético para saber se existem convergências entre elas e o DNA do homem preso acusado do crime.
“Inicialmente, irei fazer uma triagem de sangue e sêmen para extração de DNA, tanto nas amostras coletadas no corpo da vítima, como no material encontrado no local do estupro. Após essa etapa, será traçado o perfil genético dessas amostras para comparar com o DNA da vítima e do suspeito preso, o que poderá comprovar tecnicamente a autoria do crime”, explicou Barbara Fonseca.
A chefia do Instituto de Criminalística aguarda agora autorização para coletar as amostras de DNA do preso, para realização do confronto genético. Quando concluídos os exames, os laudos serão confeccionados e enviados para a delegacia responsável pelo inquérito policial que apura o crime.