Autoridades europeias repudiam suposto gesto nazista de Musk; bilionário ataca Scholz

Chanceler alemão disse que liberdade de expressão não pode ser usada para apoiar a extrema direita. Empresário, que apoia o partido rival de Scholz nas eleições da Alemanha, respondeu em uma publicação no X.

Musk fez o que parece ser um gesto nazista ]

Autoridades da Europa repudiaram, nesta terça-feira (21), o gesto feito um dia antes pelo bilionário Elon Musk em um evento da posse de Donald Trump. A forma como ele cumprimentou a plateia foi comparada nas redes sociais a saudação nazista.

Uma das críticas partiu de Olaf Scholz, chanceler da Alemanha. Questionado sobre o gesto no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o líder disse que a liberdade de expressão não pode ser usada para apoiar posições de extrema direita.

“Nós temos liberdade de expressão na Europa e na Alemanha. Todos podem dizer o que quiserem, mesmo que sejam bilionários. O que não aceitamos é se for para apoiar posições de extrema direita”, disse Scholz.

Musk, que ironizou a polêmica envolvendo o gesto, respondeu à crítica em seu perfil no X, a rede social que ele comprou em 2022.

“Que vergonha, Oaf Schitz”, postou o bilionário, errando a grafia do nome de Scholz. Ele já havia se referido ao chanceler alemão como ‘Oaf Schitz’ anteriormente.

O empresário apoia abertamente o partido de extrema direita AfD (Alternativa para a Alemanha) na eleição federal do país, prevista para fevereiro, e já declarou que Scholz sairá derrotado no pleito.

Ministra da Espanha anuncia saída do X após gesto

A ministra do Trabalho e segunda-vice-premiê espanhola, Yolanda Diaz, anunciou nesta terça que está deixando o X, rede social de Musk, após a fala de Musk no evento da posse de Trump.

“Não apenas com seus gestos, mas com os discursos absolutamente complicados que ele está fazendo”, afirmou Diaz à emissora estatal TVE, segundo a agência Reuters.

“Tomei essa decisão, que sei que é complicada, mas não farei parte de uma rede social baseada no uso de algoritmos que incentivam ideias xenófobas, contra os direitos humanos e incentivam a extrema direita no mundo”, acrescentou.

O governo espanhol disse na terça-feira que a decisão de Diaz foi pessoal e que os ministros são livres para utilizar as redes sociais que quiserem.

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