Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão determinados a julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro ainda neste ano, visando evitar que a situação influencie as eleições de 2026. Essa decisão envolve a análise da denúncia feita pelo ministro Alexandre de Moraes, além de uma reestruturação na agenda da Primeira Turma do tribunal. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra Bolsonaro e mais 33 pessoas, acusando-os de conspirar para um golpe de Estado após a vitória de Lula nas eleições. O próximo passo no processo judicial será a deliberação do STF sobre a aceitação da denúncia. Caso seja aceita, os acusados serão formalmente considerados réus e convocados a se defender. O andamento do processo incluirá a oitiva de testemunhas e o interrogatório dos réus, com a possibilidade de convocar um número significativo de testemunhas, o que pode estender as audiências. Após a apresentação das alegações finais, o STF definirá a data do julgamento, que será presidido por Alexandre de Moraes. A denúncia fundamenta-se em um relatório da Polícia Federal, que investiga tentativas de obstruir a posse de Lula, além de planos de golpe e ameaças de assassinato direcionadas a Lula e outras figuras. Os investigadores afirmam que Bolsonaro estava ciente das estratégias elaboradas por um general da reserva, o que agrava ainda mais a situação do ex-presidente.

Foto: Adriano Machado/Reuters

A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se recentemente contra os recursos apresentados pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os recursos questionam a participação dos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento da tentativa de golpe de Estado. A defesa de Bolsonaro alega a imparcialidade dos ministros, mas a PGR solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que rejeite os recursos, argumentando que eles não seguem os critérios estabelecidos pelo Código de Processo Civil e Penal.

Além disso, a PGR destacou que os questionamentos já foram apresentados e rejeitados anteriormente, reforçando a sua posição de que não há base legal para a contestação. Em paralelo, a defesa do General Braga Neto também enfrentou um revés significativo. A primeira turma do STF, composta pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Carmen Lúcia e Luiz Fux, decidiu por unanimidade manter a prisão de Braga Neto. O relator da ação, Ministro Alexandre de Moraes, justificou a decisão afirmando que a liberdade de Braga Neto poderia interferir nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.

As acusações contra ele são graves e incluem participação direta na ação, financiamento e tentativa de obstrução das investigações, o que reforça a necessidade de sua detenção preventiva. A PGR apresentou denúncias contra Jair Bolsonaro, Braga Neto e outras 32 pessoas, acusando-os de crimes como abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa. As penas para esses crimes podem chegar a 43 anos de prisão.

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