A audiência de conciliação realizada nesta quarta-feira, 27, para discutir a ação movida por comerciantes e moradores do bairro da Ponta Verde contra a Prefeitura de Maceió por causa da implantação da “faixa verde” terminou sem acordo. O encontro ocorreu na 14ª Vara Cível da Capital, no Fórum do Barro Duro, e teve como foco a restrição de estacionamento de veículos na Avenida Silva Viana.
Empresários e ambulantes da região alegam prejuízos financeiros desde a implantação da “Faixa Verde”, já que a medida reduziu a circulação de veículos para apenas uma faixa no sentido Centro-praias e proibiu o estacionamento ao longo da via, entre a Praça dos Sete Coqueiros e o Marco dos Corais.
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A audiência foi presidida pelo juiz Antônio Emanuel Dória Ferreira, da 14ª Vara da Fazenda Municipal, e contou com a presença de representantes do Ministério Público Estadual (MPAL), órgãos da Prefeitura de Maceió, moradores e empresários.
A assessoria do MPAL explicou que o objetivo do encontro foi tentar aproximar os pontos que eram divergentes apresentados por quem entrou com ação, alegando que estavam tendo prejuízos, com intenção não de desfazer o projeto, mas ajustá-lo.
Ainda de acordo com o órgão, o juiz apresentou uma proposta para ser restabelecido o estacionamento da parte interna da Silvio Viana. Após muitas discussões, o Ministério Público também se manifestou sobre a possibilidade de haver alguns ajustes, no entanto, ainda não foi possível estabelecer acordo.
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Os representantes do Departamento Municipal de Transportes e Trânsito (DMTT) alegaram que precisariam fazer análise técnica do que foi apresentado.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Alagoas, Marcus Batalha, falou à TVPajuçara após a audiência: “Acabamos de sair da audiência e, infelizmente, sem acordo. Apresentamos algumas propostas, porém elas não avançaram. Reiteramos que o nosso posicionamento é de diálogo e que a proposta seja boa para todos. Aguardamos a sensibilidade do poder público e da prefeitura, para podermos chegar a um acordo“, concluiu.
O juiz encerrou a audiência sem que se chegasse a um consenso. O processo, naturalmente, prosseguirá, mas o DMTT solicitou prazo de 30 dias para dar um posicionamento.