Vídeo: Inquérito aponta que jovem foi dopada depois estuprada; suspeito está foragido

A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) concluiu o inquérito sobre o caso de estupro envolvendo a jovem Maria Daniela Ferreira Alves, de 19 anos, na cidade de Coité do Noia, no agreste de Alagoas. O caso foi denunciado pelo pai da jovem que gravou um vídeo cobrando justiça após ela ficar com sequelas e o suspeito permanecer em liberdade.

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O crime ocorreu em dezembro de 2024 em uma chácara localizada no povoado Poção. De acordo com a PC/AL, o acusado é um jovem de 18 anos que é considerado foragido da justiça. Ele ainda chegou a gravar um vídeo com o pai dando sua versão para o que teria havido.

O chefe de operações da Delegacia Regional de Palmeira dos Índios, Diogo Martins, gravou um vídeo enviado à imprensa, falando sobre a conclusão do inquérito policial. Confira:

Segundo Martins, a jovem foi submetida a um exame toxicológico que apontou a “presença de diversas substâncias químicas em seu sangue, sugerindo que ela pode ter sido dopada antes do crime”.

O acusado já teve o pedido de prisão preventiva solicitado junto à Justiça e por esta razão ele é considerado foragido. A polícia destaca também que intensificaram as buscas e que qualquer informação pode ser repassada ao disque-denúncia, pelo 181. A ligação é de graça e não é necessário se identificar.

Relembre o caso

O crime teria acontecido no dia 6 de dezembro de 2024 após a vítima sair de uma festa e se encontrar com o suspeito. Eles foram para uma chácara da família do suposto autor, localizada no povoado Poção, em Coité do Nóia. Depois de um tempo o próprio acusado levou a jovem para receber atendimento em uma unidade de saúde da cidade, alegando que ela passou mal após eles terem relações sexuais. Posteriormente foram constatados graves danos neurológicos e indícios de que a jovem foi dopada e estuprada.

Diante da morosidade das investigações, o pai da jovem recorreu às redes sociais para expor o caso e cobrar providências das autoridades. Segundo a denúncia, Daniela teria sido drogada, agredida e estuprada.

As investigações indicaram também que o suspeito, de 18 anos, conhecia Daniela, pois estudou com ela e já trocavam mensagens antes do crime. No dia em que tudo aconteceu ele teria se aproveitado da proximidade para cometer o abuso enquanto a vítima estava inconsciente, sem condições de reagir.

De acordo com o informado, exames médicos constataram múltiplos hematomas pelo corpo da vítima, além de sinais de trauma físico e privação de respiração, o que resultou em comprometimento cerebral.

O laudo toxicológico, segundo o pai, revelou a presença de substâncias como diazepam, feniotína, haloperidol, nordiazepam e prometazina no organismo da jovem. Especialistas apontam que a prometazina possui propriedades sedativas e pode ser utilizada para facilitar crimes sexuais.

Após meses internada no Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, a jovem ainda não consegue realizar tarefas básicas como se alimentar ou tomar banho sozinha, de acordo com relatos do pai.

O Ministério Público Estadual (MPAL) pediu a prisão preventiva do suspeito e aguarda a resposta da Justiça, enquanto acompanha o inquérito.

O caso ganhou ainda mais repercussão após o pai do suspeito e o próprio jovem publicarem um vídeo alegando que Daniela teria convidado o filho para a chácara e que ambos já mantinham contato, além de negar as acusações feitas.

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