“Odeio tanto essa roça, quando me formar vou estudar tanto pra passar numa residência que seja bem longe desse umbral e poder ser feliz sem ter acreanos estragando meu dia.”
Esta foi uma das postagens escritas pela estudante de medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac), identificada como Assúria Nascimento de Mesquita, de 20 anos, que causou polêmica na última quarta-feira (9) entre os usuários do X (antigo ‘Twitter’).
Ela é filha do secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre (Seict), Assurbanípal Mesquita, e entrou no curso na 2ª edição do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) em 2022, utilizando o bônus regional para estudantes que cursaram o ensino médio em instituições acreanas.
O Ministério Público Estadual (MP-AC) instaurou uma notícia de fato criminal e requisitou a abertura de inquérito policial para apurar possível crime de xenofobia praticado por estudante.
Ainda na noite de quarta, ela publicou, nas redes sociais, uma nota de retratação acerca das publicações, onde diz que está “profundamente arrependida e refletindo com seriedade sobre o impacto disso”. O g1 também entrou em contato com a estudante e aguarda retorno
O secretário Assurbanípal Mesquita também se manifestou nas redes sociais, nesta quinta (10), onde diz que não compactua com as falas, mas que conversou “longamente com a nossa filha, que está verdadeiramente arrependida”.
Nas publicações, ela também se refere aos acreanos como ‘povo seboso’. “A coisa que mais amo no meu namorado é que ele não é acreano pois tenho asco de acreanos, se Deus quiser eu nunca mais vou precisar ter que olhar pra esse povo tão seboso (infelizmente não posso falar mais nada pq [sic] vou parecer preconceituosa)”, escreveu.
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