Caso Roberta Dias: acusados de assassinar jovem vão a Júri Popular

Roberta Dias

Após treze anos, os réus Mary Jane Araújo Santos e Karlo Bruno Pereira Tavares serão julgados pela morte da jovem Roberta Dias, ocorrida em 2012. O Júri Popular, que acontece nos dias 23, 24 e 25 deste mês, será conduzido pelo juiz Lucas Dória, titular da 4ª Vara da Comarca de Penedo.

O juiz explicou que familiares, representantes de órgãos públicos, instituições de ensino, imprensa e a sociedade poderão acompanhar o julgamento, sendo limitada à quantidade de assentos disponíveis. A entrada no plenário será condicionada a cadastro prévio, a ser realizado presencialmente por funcionário do Judiciário no dia da sessão, a partir das 7h30.

“Não será autorizada a transmissão de sons e imagens, inclusive por meios on-line, seja por particulares ou pela imprensa. Essa medida visa preservar a integridade do julgamento e resguardar o direito à imagem dos jurados, bem como dos familiares, testemunhas e profissionais envolvidos”, informou o juiz.

Não será permitido o uso de aparelhos celulares no interior do tribunal do júri. A íntegra da sessão será registrada pelos meios oficiais do Judiciário e passará a integrar, posteriormente, os autos do processo.

Ainda segundo o magistrado Lucas Dória, a atividade da imprensa será livre e ampla, respeitados os limites decorrentes da autonomia e privacidade dos envolvidos. Os profissionais terão acesso ao plenário, mas não será permitida a captação de sons e imagens durante o julgamento.

“A imprensa poderá acessar as dependências do prédio da Justiça, realizar transmissões, entrevistas e captações de imagens nos espaços públicos, observando rigorosamente os limites legais de proteção à imagem e privacidade de acusados, familiares, vítimas, jurados, testemunhas e profissionais que, no exercício de sua liberdade individual e profissional, manifestarem desejo de reserva”.

Entenda o caso

Em 11 de abril de 2012, Roberta Dias desapareceu quando saiu de casa com destino ao posto de saúde da cidade de Penedo, onde faria exame pré-natal. A jovem estava grávida de um colega de escola, cuja família não aceitava o relacionamento. A família da menina chegou a oferecer recompensa de R$ 5 mil para quem fornecesse informações que levassem ao seu paradeiro, mas seus restos mortais só foram localizados em 2021 na cidade de Piaçabuçu.

Após o desaparecimento de Roberta Dias, seu pai e seu avô foram executados. A polícia nunca estabeleceu se os crimes estavam relacionados. A sogra da vítima foi apontada como autora intelectual do crime, chegou a ser presa, mas foi posta em liberdade posteriormente. 

Matéria relacionada ao processo de número 0000820-21.2012.8.02.0049.

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