Rodeios são eventos por si só polêmicos por evolverem a prática de um esporte reiteradamente acusado de abuso de animais. Contudo, na Penitenciária Estadual da Louisiana – considerada a maior dos Estados Unidos -, localizada na cidade de Angola, a aposta é dobrada, já que, além dos imensos bovinos, a arena também passa a ser habitada por detentos, que disputam as mais perigosas provas.
Conhecido como Angola Prison Rodeo, o evento é realizado desde 1965 e passou a ser aberto para a comunidade em 1967. A premissa é arrecadar dinheiro para o Fundo de Bem-Estar dos Detentos e promover a ressocialização de presos que apresentam bom comportamento. O evento é considerado um sucesso, a ponto de a penitenciária construir uma arena própria com capacidade para 10.000 visitantes.
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O rodeio traz provas tradicionais, como montaria em touros, montaria em cavalos, corrida de barris e luta de bois, além de duas perigosíssimas competições chamadas de ‘Poker Condenado’ e ‘Pebolim de Prisioneiros’. No primeiro, os presos ficam sentados jogando pôquer em uma mesa no meio da arena com um boi solto. O último a levantar é o vencedor. Na outra, bambolês são posicionados no solo e dentro de cada um fica um preso de pé. Um touro é solto e o último homem de pé é o campeão. O rodeio termina com o “evento principal”, chamado de “Coragem e Glória”, em que uma ficha de pôquer é colada na testa de um touro solto na arena. Os detentos entram no local para tentar retirar a peça do animal e quem conseguir o feito fica com um prêmio em dinheiro.

A “atração”, que acontece nos dias 26 e 27 deste mês, é aberta ao público e o ingresso custa US$ 20 (cerca de 117 reais) e crianças até dois anos não pagam (se é que alguém pretende levar um pequeno dessa idade ao local).
A penitenciária estadual da Louisiana já foi cenário do documentário ‘Angola: Vozes dos Encarcerados’, que mostra a montagem da peça ‘The Peculiar Patriot’, da dramaturga Liza Jessie Peterson, naquele lugar. O local também ficou famoso por usar gás nitrogênio na execução de um condenado no mês passado. O método é controverso e proibido até para a eutanásia de animais.