Polícia conclui reconstituição do assassinato de menina de 12 anos; entenda os próximos passos

Foto: Cortesia/Ítalo Timóteo

A Polícia Científica de Alagoas concluiu, na noite desta quinta-feira (15), a reprodução simulada do crime brutal que tirou a vida da menina Ana Clara Firmino da Silva, de 12 anos. O caso aconteceu no município de Maravilha, sertão de Alagoas. A ação policial teve como objetivo confrontar os depoimentos dos suspeitos com a cena do crime.

A reconstituição, solicitada pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL), por meio da Promotoria de Justiça de Maravilha, foi realizada no local onde tudo aconteceu. A ação contou com a presença de três suspeitos do homicídio, além da vítima sobrevivente, que prestou esclarecimentos durante a simulação. A coordenação ficou a cargo do perito criminal e coordenador da reprodução, Adailton Emiliano. Além disso, contou com a atuação direta do chefe especial do Instituto de Criminalística do Agreste, Marcos Aurélio; e os peritos criminais Rafaela Johsons, Felipe Barbosa e Israel Bezerra. Também atuaram os policiais científicos Kalina Sousa, Paloma Freitas e Jasmine Bezerra, que deram suporte às atividades periciais.

A operação teve início por volta das 18h e foi concluída às 22h30, após a oitiva detalhada de todas as versões e sua encenação, com o uso de atores.

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Segundo o promotor de Justiça José Antônio Malta Marques, um dos objetivos da simulação é de eliminar contradições e fortalecer o processo judicial. “O Ministério Público acredita que a reconstituição é uma prova importante, não somente para nós, mas também para o juiz e o delegado, pois será possível comprovar, por meio dela, se há distorções entre o que foi falado e o que foi evidenciado nessa quinta-feira”, disse.

PRÓXIMOS PASSOS

Com a simulação concluída, os peritos devem agora compilar as informações colhidas no local, analisá-las tecnicamente e produzir um relatório detalhado com as conclusões da equipe científica. Esse documento será utilizado na instrução do processo criminal, podendo reforçar a tese da acusação ou apontar novos elementos até então desconhecidos.

Segundo o perito Marcos Aurélio Duarte, “a partir de agora, teremos cerca de 30 dias para analisar, sintetizar os dados, fazer as considerações finais e encaminhar ao juiz”, afirmou. O laudo técnico da reprodução simulada será uma das provas mais relevantes do caso.

Além disso, o Ministério Público poderá usar o material para confrontar as defesas dos acusados, uma vez que há indícios de tentativa de manipulação da narrativa por parte dos presos. O depoimento do adolescente sobrevivente também será uma peça-chave no processo.

O CRIME

Na madrugada do dia 3 de janeiro de 2025, Ana Clara, de apenas 12 anos, foi brutalmente assassinada enquanto conversava com um amigo na Travessa Sagrada Família, no Centro da cidade. De acordo com as informações, um veículo Ônix prata se aproximou e os ocupantes desceram, atacando os dois jovens com golpes de faca.

Ana Clara

Ana Clara foi atingida nas costas, e a lâmina ficou cravada em seu corpo. Ela morreu no local. O amigo, de 14 anos, conseguiu fugir e foi socorrido. A motivação do crime ainda está sob investigação, mas a polícia trabalha com a hipótese de execução premeditada.

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