DPU recomenda compra de medicamentos e insumos de saúde bucal para presos

Medida judicial impede paralisação de agentes no Sistema Prisional de Alagoas

Sistema Prisional de Alagoas

Uma recomendação, emitida pela Defensoria Pública da União (DPU), esta semana, solicita que seja garantida a saúde bucal dos internados do sistema prisional em Alagoas.

No documento, a DPU alega que não há insumos e medicamentos odontológicos nas unidades de saúde do sistema prisional de Alagoas desde agosto de 2024. Com isso, pede que o Município de Maceió, o Estado de Alagoas e a União solucionem a questão e medidas concretas sejam tomadas.

Ao município de Maceió, a DPU pediu que adote, em 15 dias, as medidas necessárias para que as unidades de saúde do sistema prisional situadas no município recebam os insumos e medicamentos.

A DPU destaca que as unidades prisionais contam com equipes de Atenção Primária Prisional (eAPP) e de Saúde Bucal (eSB), todas regularmente cadastradas pelo Município de Maceió no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

À União e ao Estado de Alagoas, a DPU recomenda que os entes instituam, no prazo de 15 dias, um plano de ação com o objetivo de adotar as medidas necessárias para fiscalização e cofinanciamento de recursos para aquisição dos medicamentos e insumos odontológicos. Caso não seja possível o repasse de recursos, a DPU pede que a União e o estado indiquem e realizem medidas necessárias para que se garanta o atendimento odontológico no sistema prisional da cidade.

O defensor regional de direitos humanos de Alagoas, Diego Alves, que assina a recomendação, destaca que a Constituição Federal assegura a saúde como direito de todos e dever do Estado. “A pessoa presa tem assegurada o respeito à integridade física e moral, além de assistência à saúde de forma preventiva e curativa”, explica o defensor.

Antes de emitir a recomendação, a DPU realizou reuniões com as secretarias de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), de Estado da Saúde (Sesau) e Municipal de Saúde de Maceió (SMS), bem como com a Prefeitura de Maceió. A primeira delas em 9 de outubro de 2024, onde ficou acordado que as secretarias alinhariam medidas para resolver a questão em até 20 dias, o que não se concretizou.

Em ofício deste ano, a Seris afirmou que “tem honrado seus compromissos com os atendimentos à saúde dos custodiados. Contudo, devido à persistente falta de abastecimento de insumos odontológicos, vislumbra-se um iminente colapso nesta área, essencial para a manutenção da qualidade da assistência bucal à população carcerária”.

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