Com 2026 em vista, grupo de Lula no PT quer aproximação com empreendedores

Espera por Lula atrapalhou articulação do governo, avaliam parlamentares Espera por Lula atrapalhou articulação do governo, avaliam parlamentares | Foto: Agência Brasil

A corrente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no PT, intitulada Construindo um Novo Brasil (CNB), apresentou como uma de suas propostas para a eleição interna do partido a aproximação dos empreendedores.

“Falta, no entanto, uma interlocução mais articulada e permanente do PT com o setor, dando a ele maior relevância em nosso discurso e em nossa própria organização partidária”, diz o documento, divulgado nesta semana pela sigla.

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Além de contar com Lula em suas fileiras, a corrente é majoritária na direção nacional da legenda.

Para a eleição interna, o grupo tem como candidato o ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva. O pleito ocorre em 6 de julho.

Na avaliação da CNB, foram os governos petistas os que “conceberam e implantaram as principais políticas de apoio ao empreendedorismo no país”.

Entre políticas citadas, está a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (de 2006), a criação da categoria dos microempreendedores individuais, os MEIs (2008) e programas de renegociação de dívidas e linhas de crédito no atual governo Lula.

“Está na hora, por exemplo, de criarmos no partido os setoriais nacionais e estaduais da micro e pequena empresa”, defende a corrente.

O documento finaliza tratando da eleição presidencial de 2026, apostando no “carisma” do presidente Lula para uma eventual reeleição.

ALTA DOS JUROS E PPPS

Uma das apostas do grupo é a repetição das parcerias público-privadas, as PPPs. O motivo seria as “limitações fiscais” agravadas pela “injustificável Taxa Selic”, que hoje alcança a marca de 14,75% ao ano.

As PPPs, então, surgiriam como uma alternativa para modernizar a gestão do PT além de atuar como um mecanismo para impulsionar investimentos.

O documento defende as parcerias com uma “regulamentação sólida e transparente” que evite abusos tarifários e altos valores de outorga.

“Desafio” do governo Lula e projeto para Amazônia

A CNB também trouxe à tona o que chamou de “um dos maiores desafios do governo Lula”: a falta de percepção das pessoas das “realizações” do governo, principalmente em relação às classes populares.

A fatia do PT que propõe a candidatura de Edinho Silva argumenta que há uma melhora no país que não está sendo percebida pelos eleitores, como na educação, distribuição de renda e oportunidades de trabalho.

PROJETO PARA A AMAZÔNIA

Outro plano do grupo é um projeto de desenvolvimento para a Amazônia. “O desenvolvimento sustentável da Amazônia carece de um modelo diferenciado de financiamento”, diz o comunicado do partido, que acrescenta o fato de a região sofrer com a “exploração predatória e a devastação”.

O bioma também foi citado ao abordar o “aumento exorbitante” dos custos de energia e o aprofundamento das desigualdades regionais. A ala do Partido dos Trabalhadores defende que o valor da energia na Amazônia não poder ser mais cara do que nas outras regiões do país.

“No Norte, assim como no Centro-Oeste e no Nordeste, é crucial preservar os biomas para evitar o desmatamento e os incêndios que afetam o clima”, acrescenta.

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