Polícia Federal ‘desbarata’ fraude de R$ 73 milhões na Mega-Sena

Um falso prêmio da Mega-Sena desviou cerca de R$ 73 milhões. Ação acontece nos estados do Maranhão, São Paulo e Goiás.

Reprodução/TV AnhangueraDelegado da Polícia Federal em Araguaína

Delegado da Polícia Federal em Araguaína

Uma operação da Polícia Federal chamada de ‘Éskhara’ acontece neste sábado (18) com o objetivo de desarticular uma organização que teria realizado uma fraude milionária na Caixa Econômica Federal (CEF) no fim do ano passado. Estão sendo cumpridos 5 mandados de prisão preventiva, 10 de busca e apreensão e 1 de condução coercitiva (quando o preso demonstra resistência à ação) nos estados de Goiás, Maranhão e São Paulo. De acordo com a PF, trata-se da maior fraude já sofrida pela Caixa em toda sua história.

As investigações apontam que foi aberta uma conta corrente na agência da Caixa no município de Tocantinópolis, em nome de uma pessoa fictícia para receber um falso prêmio da Mega-Sena, no valor aproximado de R$ 73 milhões. Depois disso o dinheiro havia sido transferido para outras contas. Por causa disso, o gerente da agência da Caixa Econômica de Tocantinópolis, cidade a 531 km de Palmas, foi preso.

A Polícia Federal informou que um suplente de deputado federal de Estreito (MA) está foragido. Pelo menos 6 pessoas envolvidas, mas outros nomes ainda podem surgir. Os suspeitos podem responder pelos crimes de peculato, receptação majorada, formação de quadrilha e de lavagem de dinheiro. Caso os suspeitos sejam condenados as penas somadas podem chegar a 29 anos de prisão.

A Caixa Econômica Federal informou por meio de nota, que acionou a polícia logo que constatou a fraude. E que banco continua acompanhando o caso e está à disposição da PF para colaborar com as investigações.

Entenda a fraude

De acordo com o delegado da PF em Araguaína (TO), Omar Pepow, os gerentes têm a senha nacional, por meio da qual é possível acessar a conta para retirada do prêmio da Mega-Sena. Os suspeitos procuraram o gerente de Tocantinópolis, que aceitou participar da fraude. As investigações mostram que eles criaram uma conta falsa e usaram um concurso falso para retirar o dinheiro e depositá-lo na conta de um cliente fictício. O esquema foi detalhado pelo delegado da PF, em entrevista coletiva concedida na manhã deste sábado (18), em Araguaína.

O dinheiro desviado foi redistribuído em contas espalhadas em vários estados como Ceará, Maranhão, Goiás e São Paulo, mas podem existir mais contas, de acordo com a Polícia Federal. A maior parte do dinheiro foi para os estados de Goiás e São Paulo.

O gerente da agência de Tocantinópolis está preso desde o dia 22 de dezembro do ano passado na sede da PF, em Araguaína. O prêmio “foi pago” no dia 5 de dezembro de 2013. Segundo a PF, no mesmo dia teria ocorrido uma “queda” no sistema da Caixa, o que facilitou a operação.

De acordo com a PF, no procedimento padrão da Caixa para a premiação da Mega-Sena, o gerente recolhe a documentação do premiado e fica responsável por enviar o bilhete e todos os documentos do premiado para a Caixa em São Paulo para validação. Só depois disso é que o gerente sacaria o dinheiro. O gerente de Tocantinópolis diz que enviou tudo por malote, mas nada chegou à sede da Caixa, de acordo com a Polícia Federal.

Fonte: G1

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