Cantora do Pra Iaiá é engenheira que vira colombina no carnaval

Alexandre Durão/G1Alexandre Durão/G1

Gabriela Pasche, cantora do bloco Pra Iaiá, é uma mulher de múltiplas funções. Formada em engenharia de produção, ela trabalha em uma empresa de eventos esportivos e de música. Além disso, é sócia do namorado, o também cantor Pedro Buarque, em uma empresa que vende comida japonesa nas praias do Rio. Mas Gabriela só se realiza mesmo como intérprete.

A integrante do Pra Iaiá é a terceira de cinco candidatas que estão sendo apresentadas esta semana e que concorrem ao título de Musa dos Blocos do Rio, em eleição promovida pelo G1 a partir da próxima sexta (30). Todas as candidatas — escolhidas pelo site — têm relação com algum bloco de carnaval de rua carioca e são foliãs apaixonadas.

Arrepiada com Los Hermanos

A jovem, de 28 anos, sempre gostou de cantar, mas a carreira só começou a engrenar no final da faculdade, com a ajuda de amigos: “Eu tenho amigos que tem roda de samba e comecei a dar canja. Aliás, o meu hobby favorito é encontrar os amigos, fazer um som e cantar. Quando eu vi, estava formando um grupo de samba e comecei a cantar pela Lapa. Já estava envolvida neste meio”.

A estreia como cantora em bloco de carnaval foi por intermédio do professor de canto, que a indicou para cobrir a licença-maternidade de Priscilla Ferr, do Bloco Brasil [também candidata à Musa dos Blocos do Rio]. Há dois anos, ela é a intérprete do Pra Iaiá, bloco que canta músicas dos Los Hermanos. Gabriela afirma que as canções da banda a inspiram.

“Quando eu canto as músicas deles, eu fico muito arrepiada e penso como é bom cantar em um bloco como esse, essas músicas para essas pessoas que estão dispostas a cantá-las”.

E os Los Hermanos a inspiram tanto que o personagem que Gabriela veste no carnaval é a colombina, por causa da música “Pierrot.” Os outros dois vocalistas do grupo se apresentam de pierrot e arlequim. Este último, no caso, é Pedro Buarque, namorado da jovem há quatro anos.

Sem vaidade

Além dos Los Hermanos, Gabriela também cita Elis Regina e Marisa Monte como influências importantes. A cantora também compõe e pretende lançar um EP ainda este ano.

A jovem considera que o carnaval é época de encontro e de alegria. “A minha primeira lembrança do carnaval é ele simbolizava muita liberdade, pois eu viajava e ficava na casa dos meus primos, na maior bagunça”, lembra.

Sobre o assédio durante as apresentações, Gabriela confessa que ele existe, mas faz parte da vida de quem trabalha com arte. “O palco tem uma magia, ele te dá um brilho, sabe aquele negócio de que quando você está no palco você fica mais bonita? É isso”.

Apesar de estar no centro dos holofotes no bloco, ela não é vaidosa. “Eu confesso que não cuido da aparência tanto quanto gostaria. Eu gostaria de ser mais mocinha. Eu não sou uma pessoa que precisa estar sempre maquiada. Eu sou mais solta, não fico tão presa a isso. Acho lindo, gostaria de mandar bem na maquiagem, mas acho que beleza também vem do interior”, filosofa.

Sobre os motivos pelos quais ela acha que deve ser eleita como musa dos blocos, Gabriela acha que sua personalidade pode conquistar. “Eu quero ser musa porque eu acho que tenho tudo a ver como o carnaval e com o espírito do carnaval. Eu tenho o espírito alegre, esse espírito de brincadeira”.

Fonte: G1

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos