Deverá ser concluído em oito dias o exame que comprovará, ou não, se o material recolhido no carro supostamente utilizado no desaparecimento da universitária Bárbara Regina é sangue humano e se seria da estudante. O Agile preto, apreendido na semana passada, teria sido usado – segundo investigações – para ocultar o corpo da jovem, desaparecida desde o dia 1º de setembro deste ano ao deixar uma boate na Ponta Verde em companhia de um homem.
Durante perícia realizada nesta segunda, dia 10, peritos do Instituto de Criminalística encontraram quantidade considerada mediana de substância que pode ser de sangue humano. Segundo a assessoria da Perícia Oficial de Alagoas (Poal), foram encontrados vestígios no estofado do banco dianteiro do passageiro e no piso da parte traseira do veículo.
O material foi colhido e encaminhado para o Laboratório de DNA da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), onde passará por duas análises, a primeira para saber se seria sangue humano ou não. Caso seja confirmada a presença de sangue humano, o material será submetido a exame de DNA, para confirmação se seria da universitária.
O perito responsável pelo exame foi o próprio diretor do IC, José Veras, que utilizou o ‘luminol’ – técnica de luzes forenses com aplicação de um tipo de reagente utilizado para localizar vestígios do tipo material biológico, como sangue, esperma, pêlos e tecidos humanos.
O prazo para conclusão do primeiro exame é de dez dias – a contar do dia 10 deste mês.
Carro
O veículo Agile de placa NMD- 6348/Sergipe foi encontrado no último dia 4 no bairro do Graciliano Ramos com Marcos Antônio Antunes de Brito Júnior, conhecido como "Júnior Mago”, de 23 anos. Segundo informações do delegado Antônio Nunes, responsável pelo inquérito que investiga o desaparecimento da universitária, o veículo, que possui queixa de roubo, estava com o chassi adulterado e com a documentação falsa.
"Após a prisão de Moabe Lino, acusado de ocultação do cadáver, chegamos a Marcos Antônio. Moabe disse, durante as oitivas, que havia deixado o carro com o amigo Marcos, pois precisava se desfazer do veículo. Após as investigações, encontramos o carro com Júnior Mago, que responderá por receptação de veículos roubados", informou o delegado.
Ainda segundo o delegado, a polícia continua em busca de Otávio Cardoso da Silva Neto, principal suspeito de assassinar a universitária por estrangulamento e golpes de punhal.
Caso Bárbara
A universitária Bárbara Regina Gomes da Silva, 21 anos, desapareceu na madrugada do dia 1º de setembro, um sábado, após sair de uma boate no bairro da Ponta Verde em companhia de um homem.
Após oitivas de amigos e suspeitos, a Polícia Civil concluiu o inquérito 21 dias depois o desaparecimento e apontou Otávio Cardoso da Silva Neto, de 25 anos, como o responsável por tirar a vida da jovem.
Um mês depois, o jovem Moabe Lino Balbino Junior, 22, foi preso, acusado de ter participado da ocultação do cadáver de Bárbara Regina.
No depoimento, Moabe apresentou várias contradições nas informações prestadas sobre o desaparecimento de Bárbara. Ele confirmou que Otávio sufocou Bárbara e depois golpeou a jovem com um punhal.
Moabe também possui envolvimento com roubo de carro, e assalto a mão armada, e já foi reconhecido por duas vítimas.
