Ex-prefeito de Viçosa rebate acusações de Flaubert Filho

Priscylla Régia/Alagoas24horasPriscylla Régia/Alagoas24horas

O ex-prefeito da cidade de Viçosa, Péricles Brandão mostrou, na tarde desta segunda-feira, 26, a equipe do Alagoas24Horas documentos que rebatem as acusações do prefeito Flaubert Filho (PTB) com relação a sua administração.

De acordo com a denúncia de Flaubert Filho, o município possui grandes problemas administrativos, como dívidas não pagas, obras inacabadas que foram entregues, merendas escolares estragadas, além do caos na saúde pública do município.

No entanto, os documentos apresentados por Brandão mostram que as contas do município estão quitadas e com um saldo de aproximadamente 3 milhões e 700 mil para serem gastos ainda em 2009 com educação, saúde e infraestrutura do município.

“Falaram que deixei os cofres vazios, mas os documentos comprovam que, não só quitei todas as dívidas da prefeitura, como deixei uma quantia elevada para ser gasta pela gestão atual em 2009. Para se ter uma idéia, paguei o 13º salário aos funcionários em setembro, além de deixar convênios assinados que superam R$ 2 milhões e as contrapartidas garantidas”, disse Péricles Brandão.

Com relação ao fato das sete creches terem sido inauguradas em dezembro passado sem condições de atender as crianças, deixando uma dívida de R$ 211 mil, Brandão relatou que a empresa Cavalcante Moura Engenharia LTDA atrasou o cronograma de obras e cerca de 200 crianças assistidas pelo município foram mantidas em imóveis alugados.

“O que ocorreu foi que não houve inauguração das obras, já que, a empresa não cumpriu o contrato. Então, resolvemos não pagar a penúltima parcela, deixando o valor integral de R$ 389.632,95 depositado na conta da prefeitura, para ser pago pela atual gestão. Foi um recurso que usamos para que a empresa pudesse entregar a obra em tempo hábil, já que tinha feito uma nova medição”, afirmou.

A denúncia afirma ainda que outro problema deixado pelo ex-prefeito Péricles Brandão foi a transformação da área destinada a construção de um matadouro modelo, que atenderia toda a região do Vale do Paraíba, em um lixão a céu aberto.

“Consta na Controladoria Geral da União um relatório afirmando que em 2004, quando o Flaubert Filho era vice-prefeito, o local que chamam de matadouro industrial era um galpão abandonado com impropriedade no processo licitatório. Quando assumi, tentei reativar o local, mas se tornaria muito caro para Viçosa manter o local sozinha. Então continuou lá, sem ser utilizado”, relatou.

Brandão acrescenta ainda que foi devolvido ao Governo Federal cerca de R$ 95 mil relativos a construção do hortifruti na cidade, já que a obra foi concluída por um valor menor.

Entre as acusações de Flaubert Filho está ainda o caos na saúde do município de Viçosa com falta de medicamentos. “Em apenas três contas estão livres cerca de meio milhão. O conselho municipal de saúde esteve no almoxarifado da secretaria de saúde e observou que estava lotado de medicamentos ainda no prazo de validade”, contou.

Péricles Brandão protocolou, na última segunda-feira, 19, no Tribunal de Contas da União um pedido patrimonial solicitando uma auditoria na Prefeitura de Viçosa. Assim como pretende ingressar na justiça com uma ação por danos morais, calúnia e difamação.

“O balanço anual do município é baseado em dados legais e oficiais. Creio que o estão querendo fazer é jogada de marketing, mostrando que a gestão anterior não tinha feito nada e se promover em cima disso” , finalizou.

Dados

Em documentos, Péricles Brandão demonstra parte dos recursos livres da prefeitura de Viçosa.

Conta do Banco do Brasil 12.100 – 2 saldo de R$441.402,82
Conta da Caixa Econômica Federal 30-8 restou R$184.572,79
O dinheiro destinado a farmácia básica consta o valor de R$342.046, 86.
Para a previdência sobrou o valor de R$1.580,370,95
Na educação excede a quantia de R$294 mil
Na saúde com complementos o valor supera R$580 mil

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