Rafael Torres depõe na Polícia Federal e não é indiciado

Priscylla Régia/Alagoas24HorasJandelyer Gomes - Delegado da Polícia Federal

Jandelyer Gomes – Delegado da Polícia Federal

Rafael Torres deixou a sede da Polícia Federal nesta tarde, por volta das 18h, depois de cerca de três horas de depoimento ao delegado Janderlyer Gomes, presidente do inquérito que investiga o desvio de mais de R$ 280 milhões da Assembléia Legislativa de Alagoas. O ex-prefeito de Rio Largo foi ouvido na condição de testemunha e não foi indiciado.

Ao sair, Torres falou rapidamente com a imprensa e afirmou que o depoimento serviu apenas para “esclarecer a relação de amizade entre ele e o deputado afastado Cícero Amélio (PMN).

O delegado, no entanto, negou a afirmação do ex-prefeito: “A PF não iria intimar ninguém para falar de amizade. Se ele foi intimado é porque surgiu no cenário e tinha conhecimento de fatos. Ele testemunhou pelo menos um evento de repasse ilegal de verba”, afirmou Gomes.

Novos depoimentos

Na entrevista coletiva concedida à imprensa, Janderlyer também confirmou que o empresário Bob Lyra será ouvido no inquérito, provavelmente na próxima semana, também na condição de testemunha. Existe a possibilidade de Lyra ser ouvido em São Paulo, onde tem negócios.

Na próxima segunda-feira, 02 de junho, às 9h30, será a vez de Bruno César Jatobá, irmão do prefeito de Roteiro, Fábio Jatobá – um dos indiciados na Operação Taturana, depor no inquérito.

“Ele é partícipe do esquema. As fraudes na ALE se davam de forma aberta, na certeza da impunidade. Se qualquer pessoa observar a execução orçamentária vai ver que são empenhados valores para parentes dos investigados”, afirmou o delegado, acrescentando que Bob Lyra e César Jatobá não serão indiciados na Operação Taturana.

Julho deste ano é o prazo para que as investigações que apuram o desvio na folha da ALE sejam encerradas, mas esse prazo pode ser prorrogado em razão da complexidade do inquérito. “A operação Taturana abrange o período de 2001 a 2007 e, entre outros crimes, envolve a prática de empréstimos fraudulentos em três instituições bancárias: Bradesco, Banco Rural e Sudameris, daí a grande quantidade de envolvidos”, finalizou o delegado.

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