Publicidade do Banco do Brasil vira motivo de protesto

O Sindicato dos Bancários de Brasília não aprovou a nova campanha publicitária lançada esta semana pelo Banco do Brasil e resolveu protestar. Desde terça-feira, mais de 300 agências do banco, em dez estados, foram "rebatizadas" com os nomes dos clientes.

Nas fachadas em que antes se lia o nome do Banco, são vistas inscrições como “Banco da Ana”, ou “Banco do João”. A estratégia faz parte da campanha de marketing de fim de ano do banco e da pré-comemoração dos 200 anos do BB, que serão completados em 2008.

O protesto dos bancários acontece nesta quinta-feira, em frente ao Edifício Sede I do Banco do Brasil. Depois do ato, serão colados cartazes em cima dos nomes das ‘pessoas’, substituindo por "do Brasil", em pelo menos dez agências da capital federal.

Segundo comunicado divulgado pelo sindicato, a estratégia de marketing é um "golpe" para tentar mudar o nome da instituição, como "quando tentaram mudar o nome para Banco Brasil". "A gente discorda porque descaracteriza o banco. Dá a impressão de um banco privado. O Banco do Brasil é dos brasileiros, e assim ele deve continuar", disse Miriam Fochi, diretora do sindicato e funcionária do Banco do Brasil, ao G1.

O sindicato também condena os gastos feitos com publicidade "apenas para confundir a população". "Cabe perguntar: quanto se gastará para trocar os painéis das agências; para publicação nos principais jornais do país; em anúncios em rádios e televisão? Os responsáveis por essa “nova idéia” irão responder pelo prejuízo que estão causando a empresa?", pergunta o comunicado.

Segundo Paulo Rogério Caffarelli, diretor de marketing do Banco do Brasil, os dirigentes sindicais têm um entendimento equivocado quanto ao conceito da campanha. "Tem tudo a ver com o que estão defendendo", afirmou ele ao G1. O executivo negou que haja qualquer intenção de privatização na campanha. "A idéia é que o Banco do Brasil quer ser seu banco".

Caffarelli afirmou ainda que o banco vai procurar os representantes do sindicato para explicar o conceito da campanha. "Mas acho que deveríamos ter sido procurados por eles", disse.

Fonte: G1

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