O advogado Adriano Soares, especialista em Direito Eleitoral, afirmou nesta quarta-feira, que, para os técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as eleições para o governo de Alagoas foram absolutamente legítimas e que a Secretaria de Tecnologia do TSE constatou que as falhas encontradas dizem respeito ao software do próprio tribunal e que não alteram o resultado do pleito.
O parecer foi dado a pedido do deputado federal João Lyra (PTB), derrotado nas últimas eleições pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).
"A ação impetrada não acusa o governador Teotonio Vilela em nada. Os pareceres são com base em suposições e pedem que o TSE faça perícias que nunca foram permitidas a ninguém, desde o ano de 2000. O tribunal não abre mão de resguardar a segurança do software utilizado. Há uma crítica sobre essa questão e não sobre as eleições em Alagoas. Existe uma discussão sobre as urnas eletrônicas em todo o país, não só aqui em nosso Estado. A ação do deputado pretende anular votos alegando uma fraude que não é reconhecida como existente".
Adriano Soares disse ainda que as pesquisas que antecederam as eleições de 2006 já mostravam o resultado. Antes do horário eleitoral gratuito elas favoreciam o deputado João Lyra, o que, segundo o advogado, mudou consideravelmente no decorrer dos programas.
"O gestor das eleições é a Justiça Eleitoral. Todos que acompanharam as eleições em Alagoas perceberam o quanto o pleito foi tranqüilo. Nenhum advogado do deputado João Lyra impugnou urna no dia da votação. Eles apenas suscitaram, durante o processo, problemas na alimentação dos dados. A urna eletrônica mudou o comportamento das pessoas e foi um avanço para o país. Eu estranho que queiram transformar a eleição de Alagoas em chacota nacional, com base nessas suposições que o TSE já refutou", concluiu Adriano Soares.
