Os partidos que apóiam a candidatura do petista Arlindo Chinaglia (SP) à presidência da Câmara se uniram para a formação de um megabloco com a adesão de oito partidos: PMDB, PT, PP, PR, PTB, PSC, PTC e PTdoB. Juntos, as legendas somam 273 deputados e se tornaram a maior força política da Câmara –já que o PMDB e o PT elegeram as maiores bancadas na Casa.
A decisão motivou uma contra-ofensiva da oposição, que também se uniu na formação de um novo bloco na Câmara integrado pelo PSDB e PPS. Os dois partidos somam 88 deputados, a segunda maior força na Casa Legislativa.
Segundo o deputado Ricardo Barros (PP-PR), a decisão dos aliados de Chinaglia de formar o megabloco foi provocada pelo fato dos aliados do candidato Aldo Rebelo (PCdoB-SP) também terem formado nesta terça-feira um bloco integrado pelo PCdoB, PSB, PDT, PAN, PMN e PHS –que reúne 68 deputados.
"Desde ontem, quando foi formado o bloco dos aliados de Aldo, pedimos que eles desfizessem o acordo e respeitassem as urnas. Como não fomos atendidos, tomamos a iniciativa de formar o bloco da recomposição, que vai garantir que a escolha dos cargos da Mesa Diretora siga a ordem estabelecida pelas urnas", disse Barros.
O megabloco dos aliados de Chinaglia terá direito a, pelo menos, quatro dos seis cargos titulares da Mesa da Câmara. O grupo também poderá escolher as presidências de dez comissões da Casa.
O prazo para a formação de blocos parlamentares termina ao meio-dia, o que provocou uma corrida dos partidos em busca de aliados para garantir cargos na Mesa e a presidência de comissões.
A formação de blocos é uma estratégia dos partidos para ganhar poder na Câmara, uma vez que a escolha dos cargos na Mesa segue o critério da proporcionalidade, de acordo com o tamanho das bancadas ou blocos.
A eleição para a presidência da Câmara será realizada nesta quinta-feira. Além de Aldo e Chinaglia, o candidato Gustavo Fruet (PSDB-PR) disputa o comando da Casa Legislativa.
Folha Online
