José Hollanda assume presidência do Tribunal de Justiça e garante apoio ao NCCO

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Auditório lotado, autoridades dos mais altos Poderes de Alagoas e emoção. Assim foi marcada a posse do novo presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas – TJ/AL, desembargador José Hollanda Ferreira. Também compõem a nova cúpula diretiva o desembargador Mário Casado Ramalho, que foi eleito vive-presidente e a desembargadora Elizabeth Carvalho, nova corregedora do Poder Judiciário.

Num discurso emocionado, José Hollanda iniciou sua fala relebrando o seu ingresso no Poder Judiciário. Falou das comarcas que ocupou, de sua passagem pela presidência do Tribunal Regional Eleitoral e ela Corregedoria do TJ/AL.

Alegando maturidade, ele disse que agora sim está preparado para assumir a presidência do Tribunal de Justiça. “Depois de passar 40 anos julgando condutas e comportamentos, sinto-me feliz e pronto para conduzir o Poder Judiciário do meu Estado”, disse.

A tônica do discurso também passou pelo clima de insegurança que vive Alagoas. Ele culpou os Poderes pelo aumento da criminalidade. “É culpa dos Poderes constituídos. Do Legislativo que não modifica as leis ou as faz apenas para abrandá-las; do Executivo que não construiu presídios e do Judiciário que flexibiliza as leis existentes, com concessões injustificáveis, com a morosidade, enfim, que todos lhe reconhecemos e censuramos. E o pior, é que tudo deságua na impunidade reinante”, lamentou o presidente.

José Hollanda prometeu trabalhar de acordo com as necessidades que se apresentam ao Judiciário e garantiu que terá sensatez, objetividade e determinação em suas ações. Porém, reconheceu que não pode quebrar paradigmas sozinhos. “Tenho limitações”, resumiu ele.

O presidente disse que quer um Poder Judiciário transparente, mais receptivo e próximo do povo. Além da parceria com os demais Poderes, ele destacou a importância de se trabalhar em conjunto com o Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil.

NCCO

José Hollanda garantiu que o Núcleo de Combate ao Crime Organizado terá todo o apoio possível da Presidência do Tribunal de Justiça. “Temos um projeto para transformar o NCCO em uma vara especial. O juiz Alberto Jorge Corrêa está à frente dessa proposta e logo dará uma posição oficial sobre o assunto à sociedade alagoana”, prometeu ele.

O presidente também afirmou que parte dos magistrados que integra o Núcleo deve permanecer no grupo. “Alguns entregaram os cargos demonstrando vontade de exercer outro tipo de atividade. Já outros, não. Esses podem ser mantidos, se assim tiverem interesse”, explicou, sem querer dizer quais dos juízes devem permanecer no NCCO.

Estácio Gama

O ex-presidente do TJ/AL, desembargador Estácio Gama, também fez discurso. Ele resumiu as principais ações de sua gestão e destacou a criação do Núcleo de Combate ao Crime Organizado – NCCO. “Foram centenas de prisões. Contribuímos, de forma significativa, para minimizar os índices de violência no nosso Estado”, comemorou.

Gama também destacou a informatização do Poder Judiciário. “Foram mais de R$ 7 milhões investidos. Ainda terminamos a reforma da sede do TJ, iniciamos e finalizamos 2.358 processos e realizamos 3,3 mil casamentos”, frisou ele, ressaltando as parcerias firmadas com a Defensoria Pública do Estado e com o Ministério Público.

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