“Foi lamentável o que aconteceu. Eles foram autoritários, arrogantes e desrespeitosos com todos os deputados, familiares, amigos e até mesmo com a imprensa. O ministro do Tribunal de Contas da União, Guilherme Palmeira, foi expulso da Assembléia Legislativa e comentou depois comigo da deselegância praticada pela ex-Mesa Diretora”.
Foi dessa forma que o novo presidente da Assembléia Legislativa de Alagoas, deputado Antônio Albuquerque (PFL), avaliou a atitude do ex-1º secretário da Casa Tavares Bastos, Arthur Lira (PMN), ao encerrar a solenidade que deu posse aos 27 deputados estaduais de Alagoas, na última quinta-feira, dia 1º. Albuquerque conversou com a imprensa durante a solenidade de posse da nova cúpula diretiva do TJ de Alagoas.
Antônio Albuquerque disse que está decepcionado com o comportamento dos parlamentares que integram o grupo do ex-deputado Celso Luiz (PMN). “Como uma solenidade de posse não toca o Hino de Alagoas? Como aceitar o veto aos pronunciamentos dos novos deputados eleitos? Não tem como não repudiar a ação daqueles que dirigiram a cerimônia, que ainda por cima, expulsaram do plenário todos os convidados. As pessoas foram obrigadas a sair correndo da Assembléia. Foi vergonhoso”, lamentou.
Segundo o presidente, “nem na época da ditadura aconteceram episódios como aquele. De qualquer forma, para mim, a arrogância e a prepotência ficaram para trás. Vou administrar a Assembléia para todos os deputados. Agora quero promover uma gestão com transparência, seriedade e integração entre todos os poderes”, defendeu ele.
Judson Cabral
Antônio Albuquerque não quis falar sobre as qualidades e defeitos do deputado Judson Cabral (PT), que disputou o cargo de presidente da ALE e acabou perdendo por uma diferença de sete votos.
“Eu não conheço as capacidades intelectual e gerencial do deputado, por isso, prefiro não falar sobre ele. O que tenho a dizer é que eu apresentei propostas e fiz uma campanha limpa. Ao contrário do outro grupo, que estava fazendo pressão psicológica com todo mundo”, acusou o deputado.
Sucateamento
Antônio Albuquerque afirmou que encontrou um caos na Assembléia Legislativa. “Ainda não me inteirei da situação financeira, mas tenho certeza que está um desastre. Os salários dos servidores estão atrasados, telefones não existem, os gabinetes estão sem material de expediente e ar-condicionado e o prédio que abriga o Poder está caindo”, disse.
Ele garantiu que a Assembléia Legislativa de Alagoas será referência para outras casas legislativas. “Não para as Câmaras Municipais de Alagoas, para todo o Brasil”, profetizou o presidente.
