Alagoas ganha associação de mulheres negras

Será empossada hoje a primeira diretoria da Associação das Mulheres Negras de Alagoas (Amuneal), criada no mês passado. A solenidade acontece às 19h30, no auditório do Partido Socialista Brasileiro (PSB), no Centro de Maceió.

A iniciativa de criação da associação é de um grupo de mulheres militantes do primeiro movimento negro em Alagoas, a Associação Cultural Zumbi, que atuou nas décadas de 70 e 80. Após 25 anos, elas sentiram a necessidade de criar um espaço próprio para defender e proteger os interesses individuais e coletivos das mulheres negras, e formas de estimular e desenvolver o exercício da cidadania feminina.

"Com o crescimento dos movimentos sociais em todos os segmentos, e diante da dificuldade em debater as necessidades específicas das mulheres negras, decidimos instituir um espaço para desenvolver políticas de inclusão e valorização da auto-estima dessas mulheres", explica Janilce Bomfim, presidenta da associação.

Propostas – A partir do estudo das causas dos problemas enfrentados pelas negras, a associação promoverá atividades políticas, educativas, culturais, científicas, esportivas e de proteção à saúde, além da realização de pesquisas, conferências, seminários e cursos. Também prestará assessoria para a promoção delas nos setores econômico e de geração de emprego e renda.

A instituição se propõe ainda a participar, juntamente com outras entidades afins, públicas e privadas, de atividades que visem à promoção da cidadania, a exemplo de campanhas de proteção à saúde feminina, principalmente de prevenção das doenças de maior incidência na população negra.

Segurança – Outro ponto forte de atuação da Amuneal será no combate às violências física, psicológica, sexual e doméstica que atingem as mulheres, além da exploração sexual de crianças e adolescentes, principalmente do gênero feminino e de etnia afro-descendente.

"Vamos apoiar a participação política, social e sindical das mulheres negras que se identificam com as causas femininas e com a construção de uma sociedade mais justa, sem discriminações e aberta à construção da felicidade", destaca Janilce.

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