Vereadores vão à Bahia para conhecer usina de lixo

Provavelmente entre os dias 14 e 16 deste mês uma comissão de vereadores de Maceió vai até a cidade de Mucugê, interior da Bahia, para conhecer a usina de reciclagem de lixo que funciona naquele município. O requerimento, de autoria do vereador Galba Novaes, solicitando a indicação dos parlamentares para compor a comissão, foi apresentado na sessão desta quarta-feira, dia 2, e deverá ser votado amanhã.

De acordo com o vereador, a oito anos a usina artesanal de reciclagem e compostagem de lixo de Mucugê dá certo e traz benefícios à população da cidade. “A usina foi inaugurada no dia 7 de outubro de 1999 e desde então, é um dos melhores projetos do Brasil. A sua composição é perfeita, tem um espaço com cobertura, depósito de armazenamento para materiais recicláveis, pátio para a compostagem e uma área de descarte de lixos residencial e hospitalar”, detalhou ele, ao defender a criação de usinas de lixo dentro da cidade de Maceió.

Segundo Galba Novaes, a filosofia de trabalho de uma usina é a forma mais ambientalmente correta para se tratar o lixo. “Mucugê faz a coleta seletiva em 60% das suas casas, o que facilita os serviços dentro da usina. Depois que o caminhão chega, tudo é separado da maneira mais adequada. Aquilo que é reciclável vai para o depósito de armazenamento, o lixo orgânico (comida, cascas de fruta, de verduras, legumes) segue para o pátio de compostagem para ser transformado em adubo e os restos de carnes e de material de higiene pessoal são enviados ao aterro sanitário, que fica vizinho à usina”, explicou.

Economia

Galba Novaes informou, depois de manter contato com a prefeita da cidade, Ana Olímpia da Hora Medrado, que em Mucugê a usina gera emprego, renda e qualidade de vida para os moradores.

“Lá a coleta seletiva é feita todos os dias, o município possui um conceito de educação ambiental bastante elevado. E como não poderia deixar de ser, a usina funciona de forma que preserva a saúde dos catadores. Durante a separação do material inorgânico (papel, plástico, metais, vidros) e da moagem do lixo orgânico, os catadores estão sempre equipados com luvas e aventais”, acrescentou Novaes.

Serviço insuficiente

Para o vereador, a cidade de Maceió não pode mais esperar para resolver o problema do lixo, porque a exemplo da maioria das cidades brasileiras, além de o serviço de coleta ser insuficiente, o destino final dos materiais orgânico e inorgânico é inadequado. “São usados principalmente vazadouros a céu aberto, em água, ou ainda aterros sanitários que, muitas vezes, pelas dificuldades de manejo e alto custo de manutenção, descaracterizam-se, acarretando os mesmos problemas dos vazadouros. Essa má disposição do lixo compromete diretamente o meio ambiente, causando a poluição do solo, do ar e dos recursos hídricos, e afeta a condição sanitária da população”, disse ele.

O vereador também defende a construção do aterro, mas ainda não se posicionou a respeito da área que deverá receber a obra de engenharia.

Vantagens

Pelas primeiras informações recebidas de Mucugê, esse processo de separação apresenta vantagens significativas em termos de produtividade em relação à catação selvagem no lixão. “Até onde pude entender, o uso de tecnologia adequada, com utilização de equipamentos simplificados e mão-de-obra intensiva, vem apresentando resultados bastante positivos na cidade. Inclusive bons resultados em termos de economicidade e qualidade do produto final”, destacou Galba Novaes.

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