Caso Beto Campanha: Alfredinho diz que fama de matador foi plantada

Reprodução TV PajuçaraAlfredo Pontes: 'não sei porque me acusam desse crime'

Alfredo Pontes: ‘não sei porque me acusam desse crime’

Um dos acusados do assassinato do vice-prefeito de Pilar, Gilberto Pereira, o policial civil Alfredo Pontes – o Alfredinho – concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Jéferson Morais, do Programa Fique Alerta, onde afirmou que sua fama de matador foi “plantada por dirigentes da Polícia Civil”.

Alfredinho, que está preso desde 23 de março deste ano na sede do Tático Integrado Grupo de Resgates Especiais (Tigre) da Polícia Civil, acusado de ser um dos autores materiais da morte de Beto Campanha, disse não saber porque o acusaram do crime de Pilar e que sua fama de matador se deve ao ex-secretário de Defesa Social e ex-diretor geral da Polícia Civil Robervaldo Davino.

“Várias pessoas ligadas à cúpula, na época em que o Davino era diretor, vieram me dizer que quando ocorria um crime na região do Tabuleiro o Dr. Davino dizia: ‘Pode apurar que deve ter sido o Alfredinho’”.

Alfredinho negou veementemente qualquer envolvimento com o assassinato de Beto Campanha e disse que no dia da morte do vice-prefeito, 19 de janeiro, ele estava na casa do delegado Angélico Farias, com Alex e Diogo, filhos do delegado, que estavam trocando uma roda e o som de seus carros. Alfredinho afirmou que permaneceu na casa do delegado das 9h às 14h30 daquele dia.

O policial civil, que ficou um ano e seis meses preso no Baldomero Cavalcanti, acusado da morte dos policiais Sinvaldo Feitosa e Valter Santana, durante a “Guerra da Polícia Civil”, disse que após o episódio criou várias inimizades na polícia e que teria tentado se resguardar após o conflito.

Em janeiro deste ano, Alfredo Pontes foi nomeado para a cidade de Pilar e segundo afirmou na entrevista, solicitou à chefe de gabinete do delegado Flávio Saraiva para não ser transferido, pois antigos desafetos – cujas identidades não revelou – freqüentavam o município.

Alfredinho afirmou, ainda, que nem mesmo suas características físicas conferem com as do assassino, uma vez que o possível autor material do crime seria alto, gordo e canhoto e que a última vez que esteve em Pilar foi em 2001, durante uma edição do Festival do Bagre.

Alfredrinho diz, ainda, que o ex-PM Amabílio seria um dos assassinos de Beto Campanha. Quanto aos demais acusados do crime, Alfredinho isenta apenas Alex Farias, com que disse estar no dia do crime. Afirmou ainda, que Di Lampião é “um dos homens mais frouxos do Tabuleiro”, não veria o soldado Teixeira desde outubro de 2006, não conhece Maurício e Telma Prado, nem teve contato recente com Antonio de França e o ex-PM Barbosa.

Alfredinho disse que apesar de estar “marcado para morrer” não pretende deixar Maceió, já que não possui recursos, mas que acredita nos juízes que 17ª Vara Criminal e que será inocentado.

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