Ministério da Saúde pode ampliar lista de medicamentos de baixo custo

O Ministério da Saúde já estuda a possibilidade de ampliar o número de medicamentos oferecidos à população através das 369 unidades em todo o País. Atualmente, o governo federal disponibiliza 107 remédios para o tratamento das doenças com maior incidência no Brasil, como diabetes e hipertensão, além de preservativos para a prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).

O programa Farmácia Popular do Brasil foi criado em junho de 2004 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de beneficiar quem não consegue manter o tratamento por causa dos altos preços dos medicamentos considerados essenciais. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), órgão do Ministério da Saúde que executa o programa, adquire os remédios de laboratórios farmacêuticos públicos ou do setor privado e os disponibiliza nas farmácias a preços até 85% mais baixos que os de mercado.

Uma recente pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS), realizada em 71 países, revela que os brasileiros chegam a gastar 19% da renda familiar com saúde. Entre as pessoas de baixa renda, o que mais pesa no bolso são os medicamentos — 61% das despesas com saúde. Já entre os mais ricos, o maior gasto é com planos de saúde. Ainda segundo a pesquisa, 9,1% dos entrevistados afirmaram que já tiveram que vender bens ou pedir dinheiro emprestado para arcar com despesas provenientes da compra de remédios.

Além de tentar evitar a interrupção do tratamento médico por falta de dinheiro, o programa contribui para reduzir o impacto no orçamento familiar causado pela compra de remédios e busca diminuir os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com as internações provocadas pelo abandono do tratamento. Um ano antes da implantação da Farmácia Popular do Brasil, o Ministério da Saúde gastou R$ 380 milhões em internações provocadas por doenças coronarianas e R$ 142 milhões em hospitalizações decorrentes de acidentes vasculares cerebrais.

Os 107 medicamentos que integram atualmente a lista da Farmácia Popular do Brasil foram definidos segundo critérios epidemiológicos, considerando as doenças de maior incidência sobre a população brasileira e também aquelas que geram maior impacto no orçamento familiar. Segundo o ministério, os produtos mais procurados são a Sinvastatina 20mg e o Captopril 25mg, vendidos por R$ 0,40 e R$ 0,35, respectivamente. Em outras farmácias, o preço desses remédios pode chegar a R$ 65,45 e R$ 14,45, respectivamente.

13 MILHÕES DE PESSOAS

Desde a inauguração do programa, em junho de 2004, a Farmácia Popular do Brasil já atendeu mais de 13 milhões de pessoas em todo o País. Segundo dados do ministério, a estimativa mensal de atendimento é de 900 mil brasileiros. Para adquirir os medicamentos disponibilizados nas farmácias populares, basta o usuário apresentar uma receita médica ou odontológica da rede pública ou particular. De acordo com o ministério, a prescrição médica é importante para evitar a automedicação, que pode levar a intoxicações ou mascarar sintomas de doenças importantes. Ao contrário da Farmácia Popular Vital Brazil, a Farmácia Popular do Brasil não estabelece limite de idade. Em compensação, não vende fraldas geriátricas.

Além da venda dos remédios, preservativos e anticoncepcionais, as 369 unidades da Farmácia Popular do Brasil realiza também ações educativas, através da apresentação de vídeos, campanhas sobre a Aids e o combate à dengue. No Estado do Rio, além das 29 unidades próprias da Farmácia Popular do Brasil, o programa inclui farmácias e drogarias conveniadas, como as redes Pacheco, Drogasmil e Raia, entre outras.

Fonte: O Dia

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