Técnicos da Diretoria de Atenção Básica do Estado vão apresentar amanhã, às 8h30, no Maceió Mar Hotel, dados sobre a atuação do Programa Saúde da Família (PSF) em Alagoas, durante o Seminário de Avaliação dos Resultados do Monitoramento das Equipes de Saúde da Família do Estado.
Os dados foram baseados na coleta de informações dos técnicos do Ministério da Saúde que estiveram em Alagoas durante os dias 2 a 20 de julho deste ano. Na ocasião, os critérios adotados foram a cobertura de PSF para a população, estrutura física, cumprimento da carga horária – 40 horas semanais, processo de trabalho, disponibilidade de serviço (vacinação, curativos, exames citológicos etc.).
De acordo com a diretora de Atenção Básica da Secretaria de Estado da Saúde, Kátia Betina Silveira, os dados mostram que a situação do PSF em Alagoas é razoável. Ela adiantou que cerca de 71% das unidades têm salas de vacina e 70% apresentam condições de fazer curativo.
Em relação aos equipamentos, em torno de 74% possuem mesas ginecológicas, 73% dispõem de glicosímetro (utilizado em pacientes diabéticos) e 92% têm tensiômetro (usado para medir a pressão arterial). Ainda segundo a diretora, somente 38% dos enfermeiros, 30% dos médicos e dentista trabalham 4 ou 5 dias por semana.
Em contrapartida, médicos do Programa Saúde da Família que atuam em Alagoas vêm reivindicando, desde o início de agosto, melhorias no serviço oferecido à população. Eles denunciaram diversas vezes casos no interior em que médicos não têm nem água para lavar as mãos. Além de outras necessidades como estrutura para realizar suturas, exames e outros procedimentos.
No início do mês de agosto, os profissionais do PSF realizaram uma paralisação de advertência para reivindicar melhorias. “Os atendimentos estão sendo realizados em escolas, casas de farinha, ambientes insalubres, embaixo de ávores, e os pacientes precisam levar cadeiras de suas casas”, disse o dr. Irapuã Júnior, presidente da Associação de Medicina de Família de Alagoas, na ocasião.
