Medicamento para epiléticos ajuda no tratamento contra alcoolismo

FolhaAlcolismo pode ter remédio

Alcolismo pode ter remédio

Um medicamento receitado para pacientes que sofrem ataques epiléticos e enxaquecas pode ajudar os dependentes de álcool a deixar o vício, indica um estudo divulgado nesta terça-feira.

O relatório destaca que, com um tratamento de 14 semanas com a droga Topamax, os dependentes de álcool são capazes de reduzir a quantidade que consomem e aumentar o número de dias nos quais se mantêm totalmente sóbrios.

Os resultados sugerem que o medicamento pode ser uma ferramenta necessária para alcoólicos que se encontrem na etapa de maior dependência.

"Esta é uma boa notícia para as pessoas em crise", ressaltou o professor Bankole Johnson, principal autor do estudo e diretor do Departamento de Psiquiatria e Ciências Neurológicas da Universidade de Virgínia (leste).

"É um medicamento que pode ser obtido com seu médico, o que significa que podem receber tratamento na comunidade, em vez de terem que abandonar seu trabalho e suas famílias em busca de tratamento em um instituto de reabilitação", acrescentou.

Johnson afirmou que esta droga reduziria a ansiedade provocada pelo álcool ao tratar o desequilíbrio dos neurotransmissores no cérebro que são afetados pelo consumo durante longos períodos.

Estudo

Participaram do estudo realizado ao longo de 14 semanas 371 alcoólatras. No início, os participantes declararam que se mantinham sóbrios apenas três dias por mês e que nos piores dias chegavam a consumir cerca de uma garrafa e meia de vinho ou doze cervejas por dia.

A metade deles recebeu 300 mg de Topamax por dia, e o restante um placebo. Todos participaram de 15 minutos de conversas por semana com uma enfermeira que os incentivava a continuar com o programa.

Ao final do tratamento, aqueles que foram tratados com Topamax conseguiram reduzir seu consumo para 3,5 copos de vinho por dia ou 3,5 latas de cerveja. Eles informaram que a quantidade de dias em que se mantinham sóbrios havia aumentado: 16 ou 17 por mês.

O grupo tratado com o placebo também registrou avanços, mas aqueles que receberam o medicamento diminuíram seu consumo diário quatro vezes mais. O estudo foi divulgado no "Journal of the American Medical Association".

Fonte: Folha

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