O clima neste momento é tenso na sede da Secretaria Estadual da Saúde (Sesau), onde diversos manifestantes do Movimento Unificado da Saúde ocupam o prédio em protesto contra a falta de avanço nas negociações do Governo do Estado.
De acordo com um dos coordenadores do movimento, Wellinton Monteiro, as equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) estão posicionadas há uma quadra da sede da Sesau e os servidores grevistas temem que o batalhão venha a agir na tentativa de retirar os manifestantes do prédio.
“Por volta das 7h40 de hoje nós impedimos a entrada do secretário André Valente, onde solicitamos que ele fosse ao Palácio resolver as questões salariais da categoria. Ele saiu daqui muito chateado e agora há pouco o Bope chegou”, explicou Monteiro.
Segundo o movimento, as equipes da Radio Patrulha – que até então estavam fazendo a guarda do prédio – se retiraram do local e desde então as guarnições do Bope estão de prontidão nas proximidades do Sesau.
“Tememos que eles estejam apenas esperando uma ordem do comando para que venham usar a força para nos tirar”, completou o sindicalista.
Sesau
Na manhã de ontem, os integrantes do Movimento Unificado da Saúde fecharam a porta da Secretaria Estadual de Saúde como forma de pressionar o Governo do Estado de Alagoas a conceder o aumento pleiteado.
De acordo com a categoria, eles querem o mesmo tratamento dado aos médicos, que fizeram greve, e tiveram as reivindicações atendidas depois das ameaças concretizadas de demissões coletivas.
Eles cobram, conforme Wellington Monteiro, tratamento igual para todos os servidores da saúde.
A greve da Saúde já dura 51 dias, onde cerca de oito mil servidores se encontram paralisados. O nível médio da Saúde do Estado de Alagoas vem mantendo apenas os serviços de emergência, mesmo assim com radicalizações esporádicas. Os grevistas já chegaram a fechar a Unidade de Emergência e postos de saúde.
Crédito: Sionelly Leite/Alagoas24Horas
Crédito: Sionelly Leite/Alagoas24Horas
