Arquitetura de Água Branca na mira do patrimônio estadual

Edgar DantasAltar do Santissímo da Matriz de Àgua Branca

Altar do Santissímo da Matriz de Àgua Branca

As relíquias e belezas arquitetônicas do município sertanejo de Água Branca estão a um passo de conquistar a imortalidade. A perspectiva de tombamento do sítio histórico da cidade, pelo patrimônio cultural do Estado de Alagoas, foi confirmada pela coordenadora do Pró-Memória, Adriana Guimarães Duarte, que se prepara para enviar uma equipe a região, dando início ao inventário de bens a serem tombados.

Segundo a coordenadora do Pró-Memória, a equipe técnica deverá permanecer na região durante, pelo menos, seis meses, período estimado para identificação de áreas e bens de interesse para preservação. "Estamos viabilizando, junto à Prefeitura de Água Branca, a infra-estrutura necessária para a permanência da equipe na cidade", explicou Adriana Duarte, completando que aguarda o aval do município para, em breve, iniciar o inventário.

Desde a oficialização da notícia do tombamento, há dois meses, moradores da região vivem na expectativa dos efeitos do processo, que atualmente se encontra em fase de justificativa, realizada por Frederico Pernambucano, da Fundação Joaquim Nabuco. Somente após o cumprimento de etapas como estudos detalhados sobre o patrimônio cultural e natural do município, e definição do polígono a ser tombado, é que o processo se converterá na elaboração da lei estadual de tombamento.

Antes da homologação da lei, pelo governador, e conseqüente apreciação pela Assembléia Legislativa, o processo deverá ser submetido ao Conselho de Cultura, ao secretário de Cultura e à Procuradoria Geral do Estado, e só estará concluído a partir da publicação no Diário Oficial do Estado e transcrição no Livro de Tombo.

"É importante destacar que o bem tombado continua a pertencer a seu proprietário, podendo ser alienado se este o desejar", esclareceu Adriana Duarte, reforçando que, a partir da instalação do processo de tombamento do sítio histórico da cidade, não será possível realizar intervenções em edificações, praças e logradouros, sem antes requerer autorização ao Pró-Memória, órgão técnico da Secretaria Executiva de Cultura do Estado (Secult).

"A idéia é envolver a comunidade no processo e fazê-la participativa", diz Adriana Duarte, referindo-se a importância da conscientização de moradores e comerciantes locais, sobre as conseqüências do tombamento, que garantirá a captação de recursos por meio de programas de incentivo, influenciando no aumento do fluxo turístico, na geração de renda e melhoria da qualidade de vida da população.

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