Metade das crianças e adolescentes de rua em Maceió está fora da escola

Pesquisa do NTCA-Ufal revela situação crítica da infância de rua na capital

Alagoas24horasMeninos em situação de trabalho nos sinais e nas ruas, realidade cotidiana.

Meninos em situação de trabalho nos sinais e nas ruas, realidade cotidiana.

Cerca de 47% das crianças que moram ou desenvolvem atividades de geração de renda nas ruas de Maceió estão fora da escola. Os dados são de um relatório do Núcleo Temático da Criança e do Adolescente (NTCA) da Universidade Federal de Alagoas, que será apresentado na próxima sexta-feira (01), durante a reunião mensal do Fórum de Erradicação do Trabalho Infantil em Alagoas.

O encontro, que acontece a partir das 9h, no auditório da Procuradoria Regional do Trabalho (PRT), reunirá representantes de Organizações Não Governamentais (ONG´s) e membros do Fórum, para discutir o avanço de políticas públicas no combate ao trabalho infantil na capital e interior de Alagoas.

De acordo com a coordenadora do NTCA, Cláudia Malta, a última pesquisa realizada pela Universidade, levou em consideração a situação de crianças e adolescentes, que vivem e trabalham nas ruas de Maceió, a maioria desenvolvendo atividades precárias ou de mendicância, como vender feijão, limpar pará-brisas e lavar carros.

O levantamento do NTCA- Ufal detectou que a realidade da infância e adolescência de rua na capital alagoana permanece crítica. “Apesar de todos os programas executados pelos governos, especialmente os desenvolvidos pelo município, é cada vez mais grave a situação destas crianças”, frisou a coordenadora.

Sobreviventes das ruas

A pesquisa do NTCA- Ufal também revelou que mais de 61% dos pequenos sobreviventes das ruas de Maceió mantêm alguma atividade precária de geração de renda, alternando com a mendicância. Uma realidade presente no dia-a-dia da cidade, apesar do empenho de organizações e entidades que lutam para revertê-la.

Em Alagoas, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) está presente em todos os municípios. O Estado também conta com a presença dos Conselhos Tutelares de proteção a Infância e Adolescência, garantindo a cobertura das mais diversas regiões. “O programa Sentinela, que cuida dos casos de abuso e exploração sexual atende apenas 13 municípios e nossa meta é expandir essa cobertura”, anunciou Cláudia Malta.

A luta das entidades representativas dos direitos da criança e do adolescente em Alagoas é pela implementação dos conselhos municipais de defesa dos direitos da criança e do adolescente. “Somente assim poderemos avançar na conquista de políticas efetivas”, concluiu a coordenadora do NTCA.

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