Londres registra 37 mortes e 700 feridos em atentados

Já chega a 37 o número de pessoas mortas durante os atentados cometidos hoje em Londres, capital do Reino Unido. A polícia estima que outras 700 ficaram feridas por causa de quatro explosões que ocorreram em intervalos de menos de uma hora em diferentes partes da cidade.

Até agora, pelo menos vinte e uma pessoas morreram num metrô da Piccadilly Line, entre as estações de King’s Cross e Russell Square. Outras sete também no metrô perto da estação de Moorgate, sete na estação do metrô de Edgware Road e pelo menos dois no atentado contra um ônibus perto da Russell Square.

Milhares de pessoas cobertas de sangue correram às ruas chorando e gritando após a série de explosões no transporte público que aterrorizou a cidade que será sede dos Jogos Olímpicos de 2012.

O primeiro-ministro Tony Blair afirmou que os ataques foram arquitetados por terroristas provavelmente para coincidir com a reunião de cúpula do Grupo dos Oito (G8 – sete países mais industrializados e a Rússia) em Gleneagles, Escócia.

Desespero
As ambulâncias e os carros de bombeiros se deslocaram rapidamente aos locais onde aconteceram as explosões em três trens subterrâneos e um ônibus – durante a hora de maior circulação da manhã. Partes de corpos humanos ficaram espalhados pela rua e sobre os trilhos do metrô.

Ayobami Bello, de 46 anos, segurança da Escola de Higiene Tropical e Medicina de Londres, disse ter visto corpos sem vida caídos pela rua após a explosão que mandou pelos ares a parte superior de um tradicional ônibus de dois pisos perto da Praça Russell. "Foi horrível… o ônibus vermelho ficou destroçado. Havia muitos corpos pelo chão", contou Bello.

"A parte traseira desapareceu, um corpo parecia pendurado e havia corpos pela rua… era algo espantoso", lembrou, ressaltando que os outros mortos permaneceram sentados no ônibus e tinham perdido braços e pernas.

"Não posso acreditar que sobrevivi a isto", frisou. "Havia pânico e todos correram para se salvar. Vi uma senhora que caminhava coberta de sangue. Em todas as partes reinava confusão", destacou.

Todo o serviço do metrô e dos ônibus foi suspenso depois desta série de atentados coordenados que criou um verdadeiro caos em Londres. Vários comerciantes fecharam por todo o dia suas lojas. Pessoas vagando sem destino pelas ruas desertas devido à falta de automóveis e ônibus foi conseqüência dos atentados. A Polícia bloqueou locais onde aconteceram as explosões para facilitar as investigações.

Raj Matto, de 35 anos, destacou que viu o ônibus quando a explosão aconteceu. "O teto foi pelos ares e caiu a 10 metros de distância", contou Mattoo. "Era evidente que havia gente gravemente ferida. Um empregado de um estacionamento disse que um pedaço de carne humana caiu sobre o seu braço", recordou.

O som das sirenes era escutado no setor ao mesmo tempo em que os empregados dos serviços de emergência corriam para levar os feridos, muito deles com cortes terríveis e queimaduras, aos hospitais mais próximos.

O inspetor de Polícia Jon Morgan disse que várias pessoas morreram na estação da rua Edgware, onde uma explosão destruiu um trem que parava no local, afetando diretamente outro que chegava na direção oposta.

"Houve um forte barulho e o trem parou. As pessoas entraram em pânico, gritando e chorando enquanto o vagão se enchia de fumaça", declarou Arash Kazeruni, de 22 anos, que chegava ao local proveniente da Liverpool Street.

As autoridades aconselharam os pais a não enviar os seus filhos à escola e as pessoas a permanecer onde estavam.

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