CPI dos Correios quebra sigilos de Jefferson e decide investigar integrantes

A CPI dos Correios aprovou nesta quinta-feira a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e bancário do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), apontado como envolvido em um suposto esquema de arrecadação de propina na estatal e autor da denúncia sobre existência de um esquema de mesada a deputados da base aliada em troca de apoio político –o "mensalão".

Os integrantes da comissão também decidiram investigar todos os assessores e titulares da CPI para apurar se alguém teria o "mensalão". Os congressistas vão cruzar a lista dos assessores dos integrantes da comissão para comparar com a relação de pessoas que entraram na agência do Banco Rural do Brasília Shopping nos últimos 5 anos –local de onde saíram os maiores saques das contas das empresas do publicitário Marcos Valério, apontado como o operador do "mensalão".

CPI dos Correios quebrou sigilos de Roberto Jefferson
A medida é uma resposta à declaração de Jefferson, que na última terça-feira, em entrevista ao "Programa do Jô", da TV Globo, disse que membros da comissão que está investigando a suposta corrupção nos Correios recebiam mesadas.

A CPI também aprovou um requerimento no qual Jefferson é obrigado a indicar em 48 horas os nomes dos congressistas que receberiam "mensalão" e que teriam feito caixa 2 nas últimas campanhas.

Delúbio Soares

Os deputados e senadores definiram ainda que irão convocar o tesoureiro licenciado do PT, Delúbio Soares, e a mulher de Valério, Renilda Fernandes de Souza. Simone Vasconcelos e Geisa Dias dos Santos, responsáveis pelas movimentações financeiras da SMPB e que supostamente teriam conhecimento sobre o esquema de pagamentos a parlamentares também irão prestar depoimento.

Na semana passada, a ex-secretária de Valério Fernanda Karina Somaggio declarou ao Conselho de Ética da Câmara que parte das informações que trouxe a público teve origem na gerente do departamento financeiro da agência Simone Vasconcelos bem como office-boys que seriam os responsáveis pelo transportes de vultosas quantias de dinheiro da agência.

Fonte: Agência Senado

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