Atentado no Iraque deixa 12 mortos

Pelo menos 12 pessoas, incluindo três soldados britânicos, morreram neste sábado em distintos atentados no Iraque, onde a violência continua depois da sexta-feira sangrenta, na qual 12 atentados suicidas sacudiram o país.

Os três soldados morreram em conseqüência dos ferimentos que sofreram em uma "ação hostil" na região de Al-Amarah, sul do Iraque, informou o ministério da Defesa britânico.

Os militares mortos pertenciam à unidade Maysan do primeiro batalhão do Staffordshire Regiment, com base no acampamento Abu Naji, na saída de Al-Amarah. Esta unidade era responsável principalmente pelas patrulhas a bordo de veículos blindados.

Segundo testemunhas, uma bomba explodiu na passagem da patrulha pelo bairro de al-Rissala, considerado um reduto do clérigo radical xiita Moqtada al-Sadr, contrário à presença de tropas estrangeiras no Iraque.

Estas novas vítimas elevam a 92 o número de soldados britânicos mortos no Iraque desde o início da guerra, no dia 20 de março de 2003. Quase 8.500 militares britânicos estão no Iraque atualmente, sobretudo em torno a Basra, a principal cidade do sul do país.

Além disso, atentados suicidas deixaram pelo menos nove mortos e 38 feridos, segundo a polícia. Quatro policiais morreram e outros 18 ficaram feridos quando um suicida detonou seu cinturão de explosivos em uma delegacia de polícia próxima de Mossul, 375 km ao norte de Bagdá.

"O suicida entrou na delegacia da cidade de Hamam al-Alil e detonou o cinturão, matando quatro policiais e ferindo 18", declarou o general Wathik Mohammad. Em Doura, na zona sul de Bagdá, um policial e três civis, entre eles duas crianças, morreram e 11 pessoas, incluindo sete policiais, ficaram feridas na explosão de um carro-bomba contra uma patrulha de oficiais do ministério do Interior.

Ainda na capital, um civil morreu em um atentado suicida com carro-bomba que teve como alvo uma patrulha americana no bairro de Al-Kanat. Em Jabala, 60 km ao sul de Bagdá, um suicida detonou seu cinturão de explosivos no momento em que estava sendo preso, ferindo dois policiais e quatro civis.

Outro carro-bomba explodiu perto de um edifício do exército em Hawija, 250 km ao norte de Bagdá, e feriu um soldado iraquiano.

O juiz penal de Nassiriyah (375 km ao sul de Bagdá), Nurredin Ahmad, um curdo natural de Kirkuk (norte), foi assassinado na noite de sexta-feira em sua casa.

Dois soldados iraquianos ficaram feridos na queda de morteiros sobre instalações militares em Samarra, ao norte de Bagdá. As autoridades determinaram um cessar-fogo na região a partir das 6H00 locais (23H00 de Brasília), um dia depois de violentos confrontos entre rebeldes e tropas americanas.

Por sua parte, o exército dos Estados Unidos anunciou que investigará 11 de seus soldados por "possível comportamento criminal". Os militares foram acusados de violação do código de disciplina militar depois que um soldado americano denunciou que seus companheiros haviam cometido atos de violência – cuja natureza não foi divulgada – contra supostos rebeldes presos.

"Nenhum dos insurgentes solicitou tratamento médico depois dos supostos maus-tratos", explica o comunicado do exército americano.

Fonte: De agências internacionais

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