PF prendeu ao todo sete pessoas na Operação Confraria

Além do ex-prefeito de João Pessoa Cícero Lucena (PSDB-PB), outras seis pessoas foram presas hoje pela Polícia Federal, acusadas de estarem envolvidas em esquema de fraudes em licitações da prefeitura: Evandro de Almeida Fernandes, Rubria Beniz Gouveia Beltrão, Julião Antão de Medeiros, Wagner Péricles Amorim, Joel Javan Trigueiro Beserra e Marcelo José Queiroga Maciel. De acordo com nota da PF, A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou desvios de pelo menos R$ 13 milhões em licitações de obras públicas.

As prisões foram realizadas em João Pessoa (PB) e Teresina (PI). Segundo nota da Polícia Federal, as prisões visam "desarticular uma organização criminosa que atuava na Paraíba, Pernambuco, Ceará e Piauí". A investigação teve início em março deste ano. Batizada de Operação Confraria, foi feita em parceria da polícia com a CGU e o ministério Público Federal.

De acordo com a investigação, desde 1999 o grupo fraudava licitações da prefeitura de João Pessoa em obras que recebiam repasse de verbas do orçamento da União. As obras eram superfaturadas e pagas mesmo que não realizadas. Segundo as investigações da polícia, empresas foram favorecidas por licitações "esquentadas", empresas vencedoras de licitações em 1991, quase dez anos depois realizavam novas obras com base na mesma concorrência.

Entre as principais fraudes estão obras na Orla de Cabo Branco e o esgotamento sanitário e a drenagem de águas pluviais do Bairro do Bessa, com prejuízos de R$ 537 mil e R$ 5 milhões, respectivamente. Dos dez contratos analisados, de acordo com a polícia, todos apresentaram irregularidades. Ao todo, 150 policiais participam da operação, segundo a PF.

Em Teresina (PI), a polícia realizou operação de busca e apreensão nos escritórios das empresas Construtora OAS e Coesa Engenharia Ltda, onde apreendeu documentos, materiais, disquetes e computadores.

No apartamento de Marcelo José Queiroga, diretor das duas empresas no estado do Piauí, foram encontradas pistolas e revolvéres, "algumas sem registro ou de uso proibido, além de farta munição", como informou nota da PF. Computadores, celulares, palm tops e documentos apreendidos foram enviados à Superintendência da PF na Paraíba, onde serão submetidos às análises e perícias.

Fonte: Agência Brasil

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