Os clássicos no gramado

Numa partida de futebol, nem sempre o mais importante é o gol e nem a vitória é tudo. Há lances incríveis e inesquecíveis, que até enumerá-los é impossível. Lances esses, que são verdadeiras obras primas do jogador que tem “pé na bola”, numa disputa sem gols, ou, de poucos gols. Aliás, um empate traz mais entusiasmo no torcedor, quando o jogo se torna mais ferrenho e aguerrido.

Certas vitórias são tão mornas que a torcida nem vibra, como por exemplo, as de gols inesperados, onde a superioridade de um time é tão explícita, que torna o certame enfadonho. Às vezes, vale mais uma bola na trave, do que um gol do acaso.

É bobagem, querer prejulgar ou definir uma partida de futebol, como certos comentaristas tentam inutilmente fazer. É uma imbecilidade essa previsão, porque ali no gramado, “na hora do vamos ver”, qualquer prognóstico cai por terra, com os jogadores em campo. Isso seria o mesmo que jogar o anzol em águas profundas, ninguém sabe o que vem na linha.

O fato, é que um jogo se resume em vinte e dois homens em campo e uma bola rolando. O que se pode então prevê o que acontecerá durante aquele tempo regulamentar? Ora, é inútil pensar. O inusitado estará sempre presente durante todo o jogo. Até a arbitragem, muitas vezes tão criticada, ou qualquer prognóstico técnico, neste sentido, seria apenas um detalhe.

Agora, há uma curiosidade interessante no futebol brasileiro, qual seja aquela em que os grandes clubes do eixo Rio – São Paulo continuam ainda sendo as grandes estrelas e fazendo os grandes clássicos do nosso futebol.

Toda gente, Brasil a fora, torce por algum time local, mas, aqueles grandes clubes os quais nos referimos, concentra a atenção de toda a torcida nacional em torno deles. Quando, evidentemente se trata do brasileirão, não tem jeito: eles são a vida do campeonato, no que pese, cada Estado tenha também seu próprio clássico interno.

Notadamente, aqui em alagoas, o nosso Fla x Flu vai ser sempre CRB x CSA. O CRB, de Nananhe e Roberto Menezes, nos áureos tempos era o time da elite. Naquela época, vulgarmente se dizia que só jogava no Regatas os filhinhos de papai. Nos tempos atuais, nos parece que a chamada elite deixou de fornecer craques; enjoou da bola, e o velho CRB anda meio fraco das pernas. Até mesmo os emergentes, que poderiam incorporar-se às fileiras alvirrubras, estão meio apáticos a esta nativa causa.

Já o nosso glorioso CSA, dos memoráveis tempos de Paranhos e Jacozinho, por tradição é o time do povaréu, da massa da mandioca, todavia, também não tem andado muito bem. Entretanto, como o azul é uma cor da sorte, e quem tem maior torcida não despenca, resta ao CSA, acreditar na força azulina, sacudir a poeira e dar a volta por cima.

Enquanto isso, os torcedores que não tardam, não falham e nem perdem a esperança, estão nas arquibancadas do nosso imponente Trapichão, aguardando mais um grande momento do nosso Fla x Flu alagoano.

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