Caso Adelmo: Polícia interroga testemunhas

Funcionários do TJ são ouvidos no inquérito que apura a morte do motorista do desembargador Orlando Manso

O delegado Marcílio Barenco, interroga agora pela manhã, mais duas testemunhas no inquérito que investiga a morte do motorista Adelmo Raimundo da Silva, encontrado morto no último dia 2 de agosto, num canavial de Rio Largo. Motorista do Tribunal de Justiça de Alagoas, Adelmo dirigia para o desembargador Orlando Manso. Ele desapareceu misteriosamente na manhã do dia 1 de agosto.

No último sábado, o delegado de Rio Largo ouviu 10 testemunhas do caso. A maioria parentes, funcionários do TJ e pessoas que tiveram contato com o motorista pela última vez. Hoje serão interrogados a esposa do motorista e funcionários do TJ.

De acordo com Marcílio Barenco, a polícia trabalha com base em três linhas investigativas. Uma das hipóteses investigadas é a de crime passional. Embora o delegado não revele as outras possibilidades investigadas, admite que o crime passional também norteia as investigações.

Crime misterioso

O corpo de Adelmo Raimundo da Silva, 41 anos, foi encontrado com escoriações nos braços e nas costas e sinais de asfixia. As primeiras versões davam conta de que ele teria conversado com uma irmã, em frente ao edifício onde mora o desembargador Orlando Manso, na manhã de 1 de agosto. Em seguida, teria atendido a uma ligação no aparelho celular e desapareceu deixando as chaves na portaria do prédio.

A partir do depoimento dado pelo porteiro do edifício, a polícia descobriu que Adelmo não chegou a conversar com o porteiro antes de deixar as chaves do carro, que dirigia para a família do desembargador. As chaves teriam aparecido na portaria, o que é considerado incomum, já que o motorista sempre comunicava ao porteiro toda vez que pretendia se ausentar do posto de trabalho.

O porteiro interrogado também não confirmou a informação de ter visto Adelmo atendendo a uma ligação no aparelho celular. O telefone foi encontrado dentro do carro e entregue pelo desembargador à polícia, para que fosse periciado.

Esta semana, o delegado titular do caso encaminhou ao Instituto de Criminalística de Alagoas (IC) pedido de perícia técnica no aparelho e quebra do sigilo telefônico de Adelmo, na tentativa de identificar com quem o motorista manteve contato horas antes de desaparecer.

Relatos de uma outra testemunha revelaram fatos contraditórios. Segundo o delegado, a testemunha teria visto Adelmo caminhando por volta das 11h na avenida principal do conjunto Santo Eduardo, trajando as mesmas roupas com as quais ele foi encontrado no canavial de Rio Largo.

A polícia prossegue esta semana com a tomada de outros depoimentos e ainda aguarda os laudos periciais do IML e IC a respeito da morte do motorista do TJ.

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