O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, defendeu hoje a aprovação de uma reforma política de emergência, que seja consensual entre a Câmara dos Deputados e o Senado.
Para Renan, questões polêmicas como as restrições à divulgação de pesquisas de opinião pública nas campanhas eleitorais são dispensáveis e deveriam ser evitadas em benefício da diminuição do tempo de tramitação do projeto.
– Precisamos cortar custos das campanhas e deixar essas coisas que não são consensuais para depois. O fundamental é caminhar no rumo da transparência, da ética e do financiamento indiscutível. O que não pode acontecer é nós fazermos uma nova eleição com as velhas regras, os velhos erros e os velhos vícios. Essas produções milionárias é que estimulam o caixa dois. Nós temos que impedir que essas coisas continuem acontecendo no Brasil. A sociedade está cobrando muito isso – assinalou.
Renan apoiou o fim da verticalização, que obriga as coligações fechadas nos estados a seguirem os mesmos acordos partidários acertados em âmbito nacional. O presidente do Senado considera que somente quem não conhece a complexidade político-partidária brasileira é favorável à verticalização. Renan afirmou que defender a verticalização sem uma reforma política, na prática é defender a verticalização do caos
– Acho que como conceito isso é muito bom, mas para funcionar depois da reforma. Tem que ser conseqüência e não pressuposto.
Renan explicou ainda que a derrubada do veto presidencial ao reajuste de 15% aos servidores do Senado e da Câmara foi resultado de um acordo de líderes partidários e que houve um equívoco do governo ao passar a idéia que se tratava de um aumento de salário.
– E não era verdade. Esse reajuste foi dado como conseqüência do reajuste dado pelo Executivo no primeiro ano do governo Lula. Tanto que a Câmara e o Senado pagaram em outubro, novembro e dezembro e também o 13º salário. Todo mundo ajudou na derrubada do veto.
