Dezenas de trabalhadores rurais começaram a montar, hoje à tarde na Praça da Faculdade, a 6ª Feira da Reforma Agrária, que é promovida anualmente pelo MST (Movimento dos Sem-Terra). O evento será aberto às 17 horas de amanhã, após a participação dos sem-terra no Grito dos Excluídos, manifestação que vai acontecer durante o desfile de 7 de setembro, na orla da Pajuçara.
De acordo com estimativas do MST, devem ser comercializadas na feira cerca de 40 toneladas de alimentos, incluindo feijão, milho, macaxeira, inhame e frutas diversas, além de produtos de artesanato fabricados nos assentamentos dos sem-terra. Os produtos a serem vendidos não levam agrotóxicos.
“A feira é uma oportunidade para que os assentados vendam à população produtos de qualidade a preço mais baixo, demonstrando que os trabalhadores estão produzindo alimentos no campo e ajudando a colocar comida na mesa da população”, afirmou José Santino, da direção estadual do MST.
Santino aproveitou para criticar o governo Lula, que não vem conseguindo agilizar o programa de reforma agrária no País. “Os assentamentos de famílias vem sendo feito de forma muito tímida”, disse ele, acrescentando que o governo vem dando prioridade ao agronegócio, que reserva os produtos para exportação.
A 6ª Feira da Reforma Agrária acontece até sábado e conta com o apoio do governo do Estado, por meio da Secretaria Executiva de Agricultura e do Instituto de Desenvolvimento de Terras e Reforma Agrária (Iteral).
