Lessa pode ser vice-presidente na chapa do PSDB

O senador Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL) confirmou hoje as negociações com o PDT para a coligação em nível nacional na eleição de 2006, e que pode resultar na indicação do governador Ronaldo Lessa como candidato a vice-presidente da República na chapa tucana.

“Veja bem, eu não estou lançando o nome do governador Ronaldo Lessa; eu estou dizendo que nós (o PSDB) fomos procurados pelo pessoal do PDT com a proposta de coligação em 2006 e que as conversações têm avançado nesse sentido, ou seja, para a indicação do candidato a vice-presidente na nossa chapa”, completou.

Quem procurou o PSDB foi o próprio presidente nacional do PDT, Carlos Luppi, que é amigo do ex-ministro da Saúde e atual prefeito de São Paulo José Serra. De acordo com Téo Vilela, os dois têm se encontrado com freqüência e discutido a coligação.

O senador alagoano acha viável a junção dos dois partidos na disputa sucessória federal, mostrando que o PSDB e o PDT têm em comum o posicionamento político em relação ao governo Lula e ao PT. “Somos oposição e isto é meio caminho andado”, disse, mostrando também não haver restrições com relação ao nome do governador Ronaldo Lessa.

AFASTAMENTO

Téo se disse preocupado com a crise política que o governo enfrenta, mas, ao contrário do que o PT fez com o então presidente Fernando Henrique Cardoso, ele não defende o afastamento do presidente Lula. Ele considera o impeachment possível de ser aprovado, mas acha improvável que isto ocorra, porque a saída do presidente da República ampliaria a crise e criaria instabilidade nas instituições da República.

“Não faço igual ao PT, que pregava a saída do presidente Fernando Henrique Cardoso trinta dias dele ter sido empossado. Eu quero que o presidente Lula conclua o mandato”, sustentou.

Mas, o senador defende o afastamento do presidente da Câmara, Severino Cavalcante (PP-PE), por ser impossível haver isenção na apuração das denúncias de que ele (Severino) recebia propina para manter o contrato com o restaurante da Câmara.

“A Câmara Federal vive momento delicado com essas denúncias envolvendo deputados e, agora, o próprio presidente da Casa. A Câmara está paralisada, nada se vota, nada se aprova e acredito que até o final do ano será assim. É um momento muito delicado e que exige de todos os seus integrantes esforço redobrado para superar a crise”, disse.

CANDIDATURA

Téo não quis adiantar qual o nome que o PSDB lançará na disputa sucessória presidencial; os tucanos têm pelo menos dois nomes: o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, e o prefeito José Serra. Mas, seja quem for o escolhido, o senador alagoano admite que a candidatura nacional estará atrelada à candidatura para a sucessão estadual.

“O nosso candidato é o senador Renan Calheiros e nós vamos esperar que ele decida se aceita disputar o governo do Estado. Como nós torcemos para que ele seja o candidato, não vamos estipular nenhum prazo para que ele se decida”, acrescentou.

Na hipótese de Renan não aceitar ser candidato, Téo Vilela garantiu que o PSDB já tem nome para apresentar ao eleitorado. E, para os que acham que ele (Téo) não está empolgado com a possibilidade de vir disputar o governo do Estado, o senador admite:

“Não morro de vontade de ser candidato ao governo do Estado, mas se isto vier a acontecer, estou preparado para assumir esta missão”. Téo também não está preocupado com o tempo de espera pela definição do senador Renan Calheiros. “O que tem de ser, como diz um velho viçosense, tem muita força e será”, reagiu, referindo-se à própria candidatura.

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