A entrega recente do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares aos alagoanos, gerou e continuará gerando mais emprego e renda à população. De acordo com estimativas da Secretaria Executiva de Infra-Estrutura (Seinfra) e Infraero, administradora dos aeroportos brasileiros, foram criados quase dois mil empregos diretos e indiretos, desde a época da concepção do projeto de ampliação, em 1998, até a data da inauguração, no último dia 16 de setembro, pelo governador Ronaldo Lessa e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para o diretor de Obras e Convênios da Seinfra, engenheiro Denisson Tenório, e para a superintendente da Infraero em Alagoas, Socorro Pinheiro, a previsão é de que sejam gerados pelo menos mais 1.700 empregos diretos e indiretos com a continuidade das obras de construção de um viaduto no entorno do aeroporto, que deverá ser concluído em dezembro deste ano, e a instalação de 63 empresas no local.
“Será criada uma nova demanda de profissionais para a continuidade de obras, a exemplo de arquitetos e engenheiros, além de pessoal de apoio, como vigilantes, uma vez que o aeroporto funciona 24 horas e sua capacidade foi praticamente triplicada. Então, nossa expectativa é da geração de, pelo menos, mais 500 empregos nessas áreas”, disse Denisson Tenório.
Para a superintendente da Infraero, Socorro Pinheiro, com a instalação das 63 empresas, entre companhias aéreas, lojas de artesanato, livrarias, perfumarias, serviços, entres outras, a estimativa é de que sejam gerados entre mil e 1.200 empregos diretos, a médio e longo prazos.
Novos empregos – O sinal de incremento na economia alagoana proporcionado pelo Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares pode ser constatado com as empresas que já estão se instalando no local. A loja de artesanato regional Encanto do Tear, com apenas três anos de atuação no Estado, abriu uma filial no novo terminal aeroportuário e já dobrou o número de vagas, somente na primeira semana. “Estamos funcionando das 7h30 às 19h30, mas estaremos estendendo nosso horário para 24 horas”, disse o proprietário Reims Soares, que trabalha com três funcionários e já estuda a contratação de mais três.
“Eu estava desempregada há mais de um ano, muito embora tenha experiência em vendas. Com o aeroporto consegui ficar com uma das vagas”, conta a vendedora Nadja da Silva, 18 anos, que mora em Rio Largo, e foi uma das contratadas pela Encanto do Tear.
De acordo com Reims, além da contratação direta de pessoal, o produto comercializado por sua loja vai movimentar a produção dos artistas alagoanos que trabalham com artesanato. “A lógica é de que teremos mais turistas e de que a demanda será maior”, completa. Somente a franquia Bob’s, da área de fast food (comida rápida) tem previsão de gerar pelo menos mais 20 empregos diretos.
A construção do novo aeroporto, segundo Denisson Tenório, propiciou também uma injeção de recursos que beneficiou principalmente empresas que trabalham com granito. “A obra deu uma boa movimentação no comércio local”, completa o engenheiro.
Mais conforto – Com o Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, Alagoas entrou na relação dos grandes aeroportos do Nordeste. O espaço possui 22 mil metros quadrados de área construída e capacidade para receber 1,2 milhão de passageiros por ano, oferecendo total conforto aos usuários. São 24 balcões de check-in, sete escadas rolantes, cerca de 600 vagas de estacionamento e quatro pontes de embarque – equipamentos que permitem o acesso direto às aeronaves.
O Zumbi dos Palmares também passa a contar com o aeroshopping – espaço para 63 estabelecimentos comerciais de compras, lazer e arte, que serão ocupados gradativamente. Pelo mirante panorâmico, os passageiros podem ter visão direta do pátio de aeronaves.
O novo terminal de passageiros foi construído com a mais moderna tecnologia. É totalmente climatizado, com sistema informatizado que regula desde a intensidade da iluminação e do ar refrigerado, até a velocidade das escadas rolantes. Também é o primeiro aeroporto do Brasil a contar com sistema de co-geração de energia, parceria da Infraero com a Petrobras, que permite uma forma de energia ambientalmente limpa, com a utilização de gás natural.
“Há três anos que estou em Alagoas e nosso Estado merecia um aeroporto digno das belezas naturais e da hospitalidade do povo alagoano. Se já era apaixonada por esse pedaço de terra, agora considero-me também um pouco alagoana”, destacou a superintendente Socorro Pinheiro, que é natural do Amazonas.
