O senador José Agripino (PFL-RN) propôs, nesta quinta-feira (13), uma reflexão sobre o atual papel das oposições no Brasil. Diante de todos os escândalos que assolam o país, cabe a este setor, na sua opinião, "fiscalizar, cobrar e denunciar", atuando em parceria com o Ministério Público.
– Na minha opinião, nossa atitude tem sido contributiva, construtiva e propositiva, pois temos os olhos de quem quer ver a coisa melhorar. Precisamos manter essa postura crítica, elegante e eficaz, pois cabe a nós admoestar, aplicar a reprimenda, respondendo pela defesa do interesse público – disse o senador.
O líder do PFL comentou "a misteriosa morte" de Carlos Delmonte Printes, o legista que fez a autópsia no corpo do ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel, assassinado em 2002. Delmonte foi encontrado morto em seu apartamento na tarde desta quarta-feira (12), em São Paulo, sem sinais aparentes de violência.
Agripino ressaltou tratar-se da sétima morte vinculada ao assassinato de Celso Daniel. Em todos os outros casos, lembrou, havia evidências de queima de arquivo. Diante disso, afirmou o senador, a autópsia de Delmonte deve ser feita com absoluta isenção, para que seja descartada a hipótese de envenenamento.
– Acredito que o assassinato de Celso Daniel, por seus elementos intrínsecos, é uma espécie de resumo de tudo o que as três CPIs instaladas no Congresso estão investigando. Devemos ficar atentos às evidências, pois elas podem se transformar em provas – alertou.
MP do Bem
O senador pelo Rio Grande do Norte também saudou o fato de a Medida Provisória 252/05, a chamada "MP do Bem", ter sido derrubada pela Câmara dos Deputados, após ter sido aprovada pelo Senado Federal.
– Não sabíamos o que estávamos votando. O governo manobrou na última hora. Íamos retirar um direito adquirido dos aposentados e vender gato por lebre. Em vez de "MP do Bem", íamos aprovar a MP do Mal – ironizou.