Exposição no Misa mostra importância da África na cultura brasileira

Depois de passar por Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Paris, a Exposição Cartográfica Itinerante chega a Maceió hoje. A solenidade de abertura da exposição será daqui a pouco, às 19h, no Misa – Museu de Imagem e do Som, no Jaraguá.

A exposição faz parte do Projeto Geografia Afro-brasileira que tem como objetivo ampliar as informações sobre a influência da cultura africa no Brasil, tomando como referência os espaços territoriais ocupados pelos negros.

O projeto está estruturado em três segmentos: Educação Geográfica Africa-Brasil, Planejamento e Gestão de Sítios e Territórios Negros no País e Cartografia Afro-brasileira. Essa exposição pretende também abrir uma discussão sobre uma lacuna existente no ensino da Geografia no Brasil.

Uma pesquisa revelou que a maioria das Universidades não estudam a geografia africana, o que leva os brasileiros a desconhecerem um continente que foi decisivo na formação da nação brasileira, desvalorizando sua cultura e impedindo a reflexão crítica sobre situações polêmicas, como o tráfico de escravos, a escravidão, a diáspora africana, as formas de resistência e conflito.

O projeto destaca ainda a importância dos territórios quilombolas, “ mocambos”, “comunidades negras rurais” como patrimônio territorial cultural e patrimonial que apenas recentemente passaram a ser reconhecidos pelo Estado. Essas comunidades mantêm as tradições culturais herdadas de seus antepassados na África.

O projeto e organização da exposição é do Professor Rafael Sanzio Araújo dos Anjos, Doutor em informações espaciais e coordenador do Centro de Cartografia Aplicada da Universidade de Brasília e está vindo para Maceió numa parceira com o Núcleo de Estudos Afro Brasileiros da Universidade Federal de Alagoas.

Rafael Sanzio vai estar presente na abertura da exposição, que vai contar também com a apresentação da Orquestra de Tambores, coordenada por Wilson Santos.

Fonte: Ufal

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