Acampados em sete repartições públicas, cerca de seis mil trabalhadores rurais aguardam a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, em Maceió. A invasão é por tempo indeterminado e reivindica a agilidade nos processos de reforma agrária.
Integrantes de quatro movimentos agrários – MTL (Movimento Terra, Trabalho e Liberdade), MST (Movimento Sem Terra), CPT (Comissão Pastoral da Terra) e MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) – participam do ato de protesto e ainda esperam mais trabalhadores rurais na manifestação.
De acordo com o coordenador do MTL, Rafael Simão, o grupo fez uma pauta em conjunto e espera mais agilidade na desapropriação de terras para a reforma agrária. “Amanhã vamos começar a negociação com o governador de Alagoas. Ficaremos até a chegada do ministro Rosseto”, afirmou.
Os trabalhadores ocupam a Secretaria Executiva de Agricultura, a Secretaria de Infra-Estrutura, a antiga e atual sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, a Companhia Energética de Alagoas, a Delegacia de Agricultura e o Ministério de Desenvolvimento Agrário.
Incra
De acordo com o ouvidor agrário do Incra, Marcos Bezerra, o instituto ainda não recebeu as pautas dos movimentos. “Estamos aguardando, o Incra está sempre aberto a negociações”, enfatizou.
Ainda segundo o ouvidor agrário, neste ano, foram assentados mais de 800 trabalhadores rurais no Estado, mas a meta ainda está distante, é de cerca de dois mil. “Estamos com vários processos de desapropriação em andamento, em Brasília. Se as terras da Usina Agrisa e Peixe forem desapropriadas, cumpriremos a meta”, analisou.
