Usineiros pedem ajuda a Renan Calheiros

Os empresários do setor sucroalcooleiro de Alagoas se reuniram – na manhã de hoje – com o presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB/AL). De acordo com os empresários, o motivo principal da reunião é deixar Calheiros ciente das dificuldades que o setor está enfrentando.

“Não conseguimos concorrer com São Paulo. Geograficamente, eles são mais favorecidos”, explicou o deputado federal e empresário do setor, João Lyra (PTB). Lyra defende que o Senado interceda criando políticas públicas protecionistas, para que a cana-de-açúcar produzida no Nordeste, em especial Alagoas, se torne competitiva.

O setor sucroalcooleiro preparou um estudo que foi entregue ao senador. Neste estudo, os empresários destacavam os principais problemas do Pólo Agroindustrial Canavieiro de Alagoas e como este tem sofrido em sua dimensão econômica e para manter a responsabilidade social, que conforme o Sindicato dos Produtores de Açúcar de Alagoas é uma exigência justa de toda a sociedade.

Lyra destacou a contribuição fiscal do setor, que forma uma das maiores cadeias produtivas do Estado, a responsabilidade social, ambiental e científica. O setor – no documento – chama a atenção de Renan Calheiros para a quantidade de empregos gerados e as áreas ambientais resgatadas. Além disto, um possível subsídio do Governo Federal será bem-vindo para os usineiros, por conta dos investimentos pesados em tecnologia, desenvolvidos em parceria com a Universidade Federal de Alagoas.

Conforme os usineiros, houve – em anos anteriores – “uma queda gradativa de mercado, pela ausência de políticas públicas que proporcionem uma competição normal entre o Nordeste e o excedente do Centro-Sul, quando considerados os estudos rurais e custos agrícolas diferenciados”.

Parque Agroindustrial

O Parque Agroindustrial Canavieiro é composto por 36 unidades, das quais apenas 28 estão em funcionamento. De acordo com os números do setor, isto representa 17% da área destinada à colheita do Estado de Alagoas. Conforme os usineiros, isto representa uma influência direta em 50% dos investimentos econômicos feitos em Alagoas. O que faz com que as usinas de cana-de-açúcar sejam as empresas que mais empregam.

Devido às condições geográficas do parque alagoano, uma tonelada produzida neste solo custa R$ 34,00 contra os R$ 25,00 que custam a produção em São Paulo. Sem contar que São Paulo produz 20% mais que Alagoas. Para diminuir as perdas, o setor tem investido em ciência – bancando metade das pesquisas da Universidade Federal de Alagoas – e feito esforços para aumentar a irrigação. No entanto, não há – segundo o setor – como competir com São Paulo.

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