Em uma assembléia realizada agora há pouco, no auditório da Reitoria, os técnicos administrativos da Universidade Federal de Alagoas decidiram terminar a greve e retornar às atividades amanhã. A decisão foi tomada porque não houve avanços nas negociações com o Governo Federal.
A categoria iniciou a greve há cerca de três meses, em protesto pelo reajuste salarial de 0,01%, oferecido pelo Governo. Segundo a presidente do sindicato, Iolanda Santana, a categoria avaliou que é melhor terminar a greve, já que o Governo não apresentou outras propostas de aumento salarial.
“O Governo irá implementar a segunda etapa do Plano de Cargos e Carreiras em janeiro, mas não negociou o restante da pauta”, disse Iolanda Santana. Os técnicos pediam ainda um auxílio para pagar o plano de saúde e outras melhorias para a categoria.
Greve dos professores
Em Alagoas, a greve dos professores começou no dia 27 de setembro e prejudica cerca de dois mil estudantes da Ufal. A categoria reivindica o reajuste salarial de 18%, para repor perdas inflacionárias dos últimos dois anos, a incorporação da gratificação de estímulo à docência e o retorno do pagamento de adicional por tempo de serviço, chamado anuênio (1% ao ano), entre outras questões.
Segundo o presidente da Associação dos Docentes, Antônio Passos, amanhã a categoria avaliará a continuidade da greve, já que o Ministério da Educação deve encaminhar, ainda esta semana, uma proposta de reajuste salarial ao Congresso. “Vamos fazer também uma avaliação sobre a decisão nacional de suspender o vestibular”, disse.
Atualmente, a Ufal possui cerca de doze mil estudantes, divididos em 35 cursos de graduação nas áreas de ciências humanas, das ciências exatas e naturais e ciências da saúde. Na pós-graduação a Ufal oferece 16 cursos, sendo 13 de mestrado e 3 de doutorado, além das 24 especializações.
