Cavalcante vem depor 2ª Feira e deve ficar em Alagoas

O ex-tenente-coronel PM Manoel Cavalcante virá depor segunda-feira, 12, no inquérito que apura o assassinato do seu caseiro em Santana do Ipanema e não deve voltar mais para o Presídio Barreto Campelo, em Pernambuco.

Essa é a expectativa da polícia alagoana, embora o juiz Braga Neto, que vai ouvi-lo, informe que a vinda do ex-militar deve-se apenas ao inquérito sobre a morte do caseiro. Cavalcante está há quase um ano fora de Alagoas – a lei garante ao réu cumprir a pena no local da condenação e onde reside a sua família.

De acordo com as denúncias que constam no inquérito policial, o caseiro de Cavalcante foi assassinado depois de ter virado testemunha contra o ex-militar e seu patrão; o caseiro confirmou a participação do ex-militar em crimes de pistolagens praticados pela chamada “gangue fardada”, desbaratada em 1998.

Desde janeiro deste ano que o ex-coronel Cavalcante está fora de Alagoas; a única vez que veio ao Estado foi para participar do funeral de seu pai, sepultado em Santana do Ipanema, e, ainda assim, o trajeto que fez foi por rodovia pernambucana, passando por Garanhuns.

O prazo legal para Cavalcante permanecer no presídio pernambucana terminou no último dia 29 e o juiz das execuções criminais de Pernambuco ainda não decidiu se acatará o pedido da justiça alagoana, para que o ex-militar permaneça preso no Barreto Campelo.

O juiz Braga Neto informou que já comunicou à Secretaria de Defesa Social o dia da audiência de Cavalcante e que pediu à polícia para reforçar a segurança do Fórum de Maceió. “Todas as providências já foram solicitadas com bastante antecedência”, garantiu o magistrado.

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