Flores e música marcam 25 anos de assassinato de Lennon

Liverpool e Nova York, as cidades onde o ícone pop John Lennon nasceu e morreu lembram hoje com música e flores os 25 anos do seu assassinato. Perto do local do crime, em Nova York, haverá uma vigília com velas.

Em uma cerimônia no centro de Liverpool, norte da Inglaterra, fãs e autoridades inauguram um memorial sob uma estátua do lendário Beatle, morto a tiros em Nova York por um fã diante da sua mulher, Yoko Ono.

Ainda na quinta-feira, a cidade inglesa realiza um culto em homenagem ao homem que criou algumas das canções mais conhecidas do pop e que é considerado um dos compositores mais influentes de todos os tempos.

Em Nova York, centenas de pessoas devem se reunir na parte do Central Park conhecida como Strawberry Fields e acenderão velas às 22h50 (1h50 de sexta em Brasília), o horário em que Lennon foi baleado.

Os amigos de Liverpool lembraram de Lennon com carinho, mas também sentem que ele se distanciou depois de conhecer Yoko, a mulher a quem muitos fãs atribuem o fim dos Beatles, em 1970.

"Não dava para se aproximar de John no final e, olhando para trás, foi do momento em que ele conheceu Yoko Ono", disse o amigo e também músico Billy Kinsley, que conheceu Lennon e Paul McCartney na década de 1960.

"Foi triste. Ele era meu herói quando eu era um garoto de 15 anos, e ele era sempre acessível, sempre dizia oi e batia um papinho. Mas depois que conheceu Yoko, sumiu de vista completamente."

Sua avaliação de Lennon e dos Beatles como músicos, porém, nunca mudou. "Realmente me impressionou muito ver os Beatles naquela primeira noite no Cavern, porque simplesmente mudou a minha perspectiva", disse ele à Reuters em um estúdio de gravação improvisado em seu jardim, mencionando uma noite de 1962.

"Pensei: ‘Meu Deus, acabo de ver a melhor coisa que poderia ver’, e desde então foi ladeira abaixo, porque nunca vi nada tão bom quanto os Beatles."

DEVOÇÃO

Durante a homenagem em Liverpool, Kinsley cantará "Beautiful Boy", que Lennon dedicou a seu segundo filho, Sean, no disco "Double Fantasy".

Em Nova York, Ayrton dos Santos estará no mosaico "Imagine", batizado em alusão a uma das músicas mais conhecidas de Lennon, para repetir o ritual que realiza quase diariamente há 13 anos, usando pétalas, maçãs e bagels para formar o símbolo da paz.

"Isso tudo tem a ver com paz, amor e felicidade. É para o irmão John", disse Santos, 41. "Quando você vem aqui sente o espírito dele. O espírito dele está vivo demais aqui."

Mas o homem que deu tanto prazer a uma geração com músicas inesquecíveis, como "Strawberry Fields Forever", "Give Peace a Chance" e "Imagine", ainda causa dor aos que o amavam.

Sua primeira mulher, Cynthia, e o filho mais velho, Julian, recentemente disseram que se sentiram rejeitados quando Lennon os trocou por Yoko.

Cynthia disse à Reuters neste ano que ela e Julian foram "apagados" da história dos Beatles e que Yoko deixou claro que não a queria em Nova York depois da morte de Lennon.

Em nota publicada em seu site, Julian acrescentou: "Sempre tive sentimentos muito ambíguos sobre papai. Ele foi o pai que eu amei, (mas) que me decepcionou em muitos aspectos. É doloroso pensar que sua morte prematura me roubou a chance de nos conhecermos melhor."

O assessor de imprensa de Yoko, Elliot Mintz, disse ter recebido mais de 500 pedidos de entrevistas com a viúva japonesa de Lennon. Todas negadas. "É doloroso demais para ela comentar", afirmou.

Fonte: Reuters

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